Acabou por volta das 23:07h deste domingo (17) o processo de votação pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara dos deputados, num espetáculo conduzido pelo deputado corrupto Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Até delegados licenciados da Polícia Federal – que são deputados hoje – enalteceram os trabalhos conduzidos por Cunha e votaram a favor da cassação.
O que mais marcou o ato histórico foi a traição comandada por ex-aliados, que usaram do argumento de que a presidente é uma pessoa sem palavra e de difícil temperamento.
O resultado foi catastrófico para a esquerda neoliberal comandada por Luiz Inácio Lula da Silva e pela presidente Dilma Rousseff. A maior surpresa durante a votação foi a decisão quase unanime tomada dos deputados da região Norte do país que votaram a favor de sua cassação. Dentre os rebelados, estava o ex-ministro corrupto dos transportes durante o governo, Alfredo Nascimento (PR).O ex-ministro levou graves problemas durante o governo Dilma quando teve seu nome envolvido em casa de corrupção e formação de quadrilha. Na época, Dilma foi obrigado a afastá-lo do cargo, colocando em seu lugar outro meliante ligado ao próprio partido. Com desafiador, Alfredo usou de um discurso voraz atacando a presidente.
A maioria dos deputados freou o projeto do PT, e seus partidos aliados, que tinha como projeto passar mais de 50 anos no poder. O resultado da foi de 367 votos a favor e 137 contra; agora, o processo será encaminhado ao Senado, onde será instalada uma comissão especial; se vier a ser aprovada pelo plenário, Dilma, a primeira mulher presidente, será afastada por 180 dias e o vice Michel Temer assumirá a presidência até o julgamento também pelo Senado