A avaliação do grupo de Temer é de que falar agora, de forma institucional, passaria a impressão de que ele está se antecipando em um processo que ainda não chegou ao fim
O vice-presidente Michel Temer acompanhou a votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, no domingo (17), junto com aliados no Palácio do Jaburu, em Brasília. Ele optou por não fazer declarações públicas após a decisão da Casa de dar continuidade ao processo de afastamento da mandatária. Se Dilma for afastada, o peemedebista assume a Presidência.
Para aliados do vice, o momento é de cautela e ele deve falar em público somente após decisão do Senado. A avaliação do grupo de Temer é de que falar agora, de forma institucional, passaria a impressão de que ele está se antecipando em um processo que ainda não chegou ao fim e que estaria avançando sobre as prerrogativas de Dilma.
O vice recebeu a visita de aliados ao longo de todo o domingo. Durante a votação, ele estava acompanhado de alguns dos mais próximos, como o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e os ex-ministros Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) e Eliseu Padilha (PMDB-RS), fiel escudeiro de Temer e que trabalhou no corpo a corpo com os deputados.
Ao lado dos aliados, o vice conferiu sua lista interna de votos para contabilizar o que poderia ser traição e o que foi voto a favor de última hora. Nesta segunda (18), ele não tem previsão de agenda pública e deve viajar para São Paulo, onde tem casa.
Direto de Brasilia