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Doação de órgãos aumenta na Bahia, mas taxa de recusa familiar ainda é alta

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O Dia Nacional de Doação de Órgãos é comemorado nesta terça-feira (27) e a Bahia possui números para se celebrar. O índice de transplantes aumentou de 225 procedimentos em todo o ano de 2015 para 317 em 2016 (números atualizados até Julho), o que representa um aumento de 40%. Apesar disso, nem tudo é pra ser comemorado.

A Bahia ainda possui um número de recusa familiar para a doação de órgãos ainda muito alto: cerca de 63% das famílias baianas se recusam a doar os órgãos para os hospitais, enquanto a média nacional é de 56%. A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) disse que o objetivo é que este número diminua, pois é fundamental para os hospitais esta ajuda.

Os órgãos que possuem uma maior procura na fila de espera, são: as córneas, que possuem 1205 pessoas na espera; o rim, que possui 1031; e o fígado, com 70. A procura da córnea é tão grande que a Sesab possui uma lista de estabelecimentos que podem receber a doação deste órgão:

– Brasil Memorial S/A Empreendimentos e Participações – Itaigara Memorial Day
– Clínica de Olhos Calheira – Calheira Day Hospital
– Clinica Oftalmológica jefferson Torres
– Day Horc – Hospital de Olhos Ruy Cunha (Itabuna)
– Eye Clinic Ltda
– HL de oliveira neto e Cia
– Fundação Monte Tabor- Hospital São Rafael / Centro Ítalo Brasileiro de Promoção Sanit
– Hospital de Olhos de Conquista Ltda
– Hospital de Olhos Beira Rio (Itabuna)
– Hospital de Olhos Louis Pasteur LTDA
– Hospital Universitário Prof. Edgard Santos
– Instituto Brasileiro de Oftalmologia e Prevenção da Cegueira – Ibopc
– Sandes- Centro Médico Especializado
– Instituto de Olhos Freitas
– Real Sociedade Portuguesa de Beneficência 16 de Setembro
– Hospital Ana Nery
– Santa Casa de Misericórdia de Feira de Santana
– Santa Casa de Misericórdia (Itabuna) – Hospital Calixto Midlej Filho
Na última segunda-feira (26), o Governo do Estado inaugurou o Hospital Geral do Estado 2, que tem uma novidade: a sala cirúrgica dedicada exclusivamente à realização de transplantes, tanto à captação de órgãos quanto o transplante em si. Atualmente, o HGE 1 é o hospital com maior potencial de captação de órgãos, em função do perfil de vítimas de morte cerebral decorrente de trauma. Com a sala exclusiva, o processo de captação de órgãos será mais ágil, sem necessidade de aguardar vaga no centro cirúrgico geral.

O Estado da Bahia mantém profissionais nas principais cidades do interior aptos para diagnosticar a morte encefálica e para fazer a entrevista familiar. A legislação brasileira sobre o processo doação transplante estabelece que somos todos doadores de órgãos desde que após a nossa morte um familiar (até segundo-grau de parentesco) autorize, por escrito, a retirada dos órgãos. Não é necessário nenhum registro em documento.

Veja abaixo quais são os requisitos necessários para ser um doador:

Principais requisitos

– Ter identificação e registro hospitalar;
– Ter a causa do coma estabelecida e conhecida;
– Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35ºC), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do Sistema Nervoso Central;
– Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplante;
– Ser submetido a exame complementar que comprove a morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sanguíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral;
– Estar comprovada a morte encefálica. Nessa situação o cérebro está morto, tornando a parada cardíaca inevitável. Apesar de ainda haver batimentos cardíacos, que vão durar apenas algumas horas, o paciente não pode mais respirar sem os aparelhos;
– Necessária autorização da família. Pela legislação brasileira, a retirada de órgãos e tecidos de pessoas mortas só pode acontecer após a autorização dos familiares. Por isso, quem tem interesse em doar órgãos deve manter a família avisada.
Órgãos que podem ser doados após morte cerebral

– Córneas (retiradas do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidas fora do corpo por até sete dias);
– Coração (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo seis horas);
– Pulmão (retirados do doador antes da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por no máximo seis horas);
– Rins (retirados do doador até 30 minutos após a parada cardíaca e mantidos fora do corpo até 48 horas);
– Figado (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);
– Pâncreas (retirado do doador antes da parada cardíaca e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);
– Ossos (retirados do doador até seis horas depois da parada cardíaca e mantidos fora do corpo por até cinco anos);
– Medula óssea (se compatível, feita por meio de aspiração óssea ou coleta de sangue);
– Pele;
– Válvulas cardíacas.

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