O Ministério da Saúde (MS) recomenda avaliação médica para pacientes que têm defesas imunológicas baixas e que precisem da vacina contra a febre amarela, seja por habitar regiões de risco ou que vão viajar para regiões afetadas por surto.
A vacinação é recomendada em 19 estados do Brasil e em 152 países – a maioria dos que fazem a exigência fica na América do Sul e Central, África, Ásia e Oriente Médio, além de ilhas do Caribe e da Oceania.
De acordo com o MS, é necessário que o profissional de saúde classifique o estado do paciente quanto ao grau de imunização.
A vacina é indicada para pessoas entre 9 meses e 60 anos, no entanto, também é contraindicada para gestantes, mulheres que estão amamentando, crianças até seis meses e idosos.
Segundo a infectologista Ceuci Nunes, a avaliação não deve se aplicar para os casos de crianças recém-nascidas, grávidas e mães que estão amamentando, já que a vacina é feita de vírus vivo atenuado e pode ser passado da mãe para o bebê.
“Trata-se de uma questão individual. Se um médico avaliar que um idoso que precise tomar a vacina esteja em boas condições de saúde para receber a imunização, basta ele elaborar um relatório para que o paciente se dirija ao posto de saúde e solicite a vacina”, explicou.
A possibilidade de pacientes com sorologia positiva receber a imunização contra a febre amarela foi tema de relatório elaborado pela Associação Brasileira Interdisciplinar de Aids. Dentre as questões levantadas pela entidade, estava a possibilidade de avaliar pacientes que não apresentem sintomas aparentes e de carga viral.
Para a infectologista Luzia Bastos, a imunização de portadores de HIV merece atenção maior por parte do MS devido à particularidade de cada caso. “A vacina pode não ser recomendada para uma pessoa com imunidade comprometida pela doença, no entanto, pode ser fundamental para que o outro resguarde a saúde”, disse.
Casos
Na Bahia, em 2017, até o último dia 20, foram notificados 16 casos suspeitos de febre amarela em humanos em oito municípios – Itiúba, Coribe, Itamaraju, Mucuri, Nova Viçosa, Teixeira de Freitas, Ilhéus, Feira de Santana, além de residentes em Alagoas. Do total, sete foram descartados laboratorialmente. O restante permanece em investigação. Em todo o país, até o dia 17, foram confirmados 448 casos.
A Tarde