Autoridades realizaram outra série de detenções ao amanhecer desta quinta-feira (3) – entre 10 e 12 pessoas – em Zurique de dirigentes ligados à Fifa, em uma operação semelhante a que ocorreu em maio deste ano, informa o “The New York Times”. O governo suíço confirmou que ao menos dois importantes dirigentes estão entre os presos.
Segundo o jornal norte-americano, as detenções aconteceram a pedido do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, antes do início de reunião do comitê executivo da Fifa, que discutiria reformas na instituição.
O grupo é suspeito de corrupção, fraude e lavagem de dinheiro em processo aberto nos EUA. “Os dirigentes da Fifa são suspeitos de aceitar dinheiro em troca da venda dos direitos de ‘marketing’ relacionados com a transmissão de campeonatos na América Latina e com partidas das eliminatórias para a Copa do Mundo”, afirma o ministério da Justiça em um comunicado.
De acordo com a AFP, entre os presos estão o paraguaio Juan Ángel Napout, presidente da Conmebol, e o hondurenho Alfredo Hawit, presidente da Concacaf. Os dois são vice-presidentes da Fifa.
Napout, de 57 anos, preside a Conmebol desde 2014 e Hawit, 64, ocupa o cargo de presidente interino da Concacaf desde maio, desde a primeira onda de detenções de dirigentes da Fifa em maio, durante a qual o então presidente da Concacaf, Jeffrey Webb, foi detido.
Ainda não há informações oficiais sobre as identidades de todos os dirigentes detidos.
A lista de prisões não incluiria Sepp Blatter e Jérôme Valcke. Vice-presidente da CBF, Fernando Sarney não está entre os apreendidos. Ele foi indicado pela Conmebol para substituir Marco Polo Del Nero no Comitê Executivo da Fifa.
Algumas detenções ocorreram no hotel de luxo Baur au Lac, em Zurique, o mesmo em que se realizou a operação em maio, quando 18 dirigentes de 12 nacionalidades foram presos, entre elas José Maria Marin, então presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
G1, São Paulo