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Esportes

Marta pediu futebol feminino melhor. Virou ‘titia’ e ainda não foi atendida

seleção futebol feminino

Em 2004, o Brasil era só um coadjuvante no futebol feminino quando Marta liderou uma jovem seleção à disputa de uma final olímpica. Na saída do estádio após a medalha de prata, Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB, decretou um futuro brilhante para a modalidade. “O futebol feminino vai ser outro. O Ricardo Teixeira [então presidente da CBF] disse que vai ter uma nova estrutura, uma nova visão”, disse ele à Folha na época.

Os anos se passaram. Marta foi à final de uma Copa do Mundo e conquistou mais uma medalha de prata. Em inúmeras oportunidades, aproveitou os resultados coletivos e individuais para pedir atenção e apoio ao futebol feminino. Ela já tem 30 anos, passou do auge técnico e ainda não viu o esporte deslanchar.

“Eu acredito que mudou um pouco a situação, mas tem outras coisas que precisam continuar melhorando. Não melhorou o suficiente. O futebol feminino vai morrer se a gente não ganhar a medalha de ouro? Tem de plantar agora e colher depois de um tempo. Você não quer colher agora sem plantar nada, né? Que aí não sai m… nenhuma”, disse Marta no último sábado, em entrevista coletiva durante os treinamentos para a Rio-2016.

O primeiro torneio nacional de futebol feminino sob a chancela da CBF foi criado em 2007, três anos após a prata em Atenas. Um Campeonato Brasileiro delas só virou realidade em 2013, e ainda assim durando apenas três meses do ano. Pela falta de categorias de base nos clubes, os talentos não podem ser devidamente lapidados durante a adolescência. Os investimentos aumentaram a caminho da Rio-2016, é verdade, mas nem a criação de uma seleção permanente mudou de fato o cenário.

“Aqui ainda tem essa dificuldade de firmar uma liga, de ter calendário fixo para o futebol feminino. Já é o primeiro passo [ter o Campeonato Brasileiro], mas tem de ser mais prolongado. Também tem a questão dos clubes. Você monta clube aqui para o Brasileiro e ano que vem ele não existe mais. Isso atrapalha”, cobra a jogadora mais uma vez.

Marta foi praticamente ignorada nesses anos todos pedindo ajuda. Hoje, isso se reflete no time que lá atrás parecia fadado ao sucesso. O Brasil não chegou nem à semi nas duas últimas Copas do Mundo e foi eliminado nas quartas da última Olimpíada. Se distanciou dos sempre favoritos Estados Unidos e Alemanha e foi ultrapassado por novas forças como Inglaterra, França, Alemanha e Japão.

No ano passado, pela primeira vez desde 2004, Marta sequer foi citada na disputa do título de melhor jogadora do mundo. A alagoana que superou Pelé como maior artilheira da história da seleção não está mais no auge. Hoje, ela serve de referência para uma geração jovem que se espelha no que ela, Cristiane e Formiga construíram ao longo dos últimos 12 anos. São as “titias” da equipe, ainda que você não possa falar isso para Marta.

“Ai, que tia o quê? Eu não quero que me chame de tia não. Já tenho um monte de sobrinho lá em Alagoas”, conta ela, aos risos. Tia ou não, Marta sabe que a realidade da seleção mudou. Ela já cogitou fazer do Rio a sua última Olimpíada. Hoje, diz que quer jogar até quando o corpo aguentar. Dure o quanto durar, é difícil imaginar que o futebol feminino vá melhorar até que ela decida descansar.

Fonte: Com informações do UOL

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