O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), foi preso na manhã desta quinta-feira (29/11), a pedido da Procuradoria-Geral da República. Denominada Operação Boca de Lobo, a ação acontece no âmbito da Lava Jato, e cumpre ainda mandados contra assessores e um sobrinho de Pezão.
No pedido de prisão, a procuradora Raquel Dodge diz que há “uma verdadeira vocação profissional ao crime, com estrutura complexa, tracejando um estilo de vida criminoso dos investigados, que merece resposta efetiva por parte do sistema de defesa social”.
Foto: Agência Brasil
Pezão foi preso no Palácio das Larangeiras, residência oficial do governo do Rio.
São ao todo 30 mandatos de prisão expedidos pelo ministro Felix Fischer e busca e apreensões autorizadas em endereços ligados a 11 pessoas fiscais e jurídicas. Foi ainda determinado o sequestro de bens dos envolvidos, totalizando R$ 39,1 milhões.
Os novos desdobramentos que levaram à prisão do governador são fruto de delação premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal, além de documentos anteriormente apreendidos.
As investigações apontaram que Pezão e seus assessores integravam a organização criminosa liderada por Sérgio Cabral – preso há mais de dois anos – e que, no poder, o hoje governador deu continuidade ao esquema. A PGR informou que o político recebeu “valores vultosos, desviados dos cofres públicos e que foram objeto de posterior lavagem” por dar suporte a políticos da organização que estão abaixo dele na estrutura de poder.