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Juiz diz que médium João de Deus chefiava quadrilha

Magistrado que determinou a prisão de João de Deus afirma que ele ‘chefia uma organização criminosa’ que agia na cidade de Abadiânia, em Goiás

Vigilância sanitária de Goiás fechou farmácia que vendia remédios no local onde João de Deus atendia(foto: Ernesto Rodrigues/Estadão Conteúdo)
Brasília – O juiz Liciomar Fernandes da Silva, que determinou a prisão de João de Deus por posse ilegal de arma de fogo, na sexta-feira, afirmou que as investigações apontam que o médium “chefia uma organização criminosa que atua principalmente na cidade de Abadiânia”, em Goiás. O investigado é acusado de abuso sexual por centenas de mulheres que o procuraram para tratamento espiritual, sendo indiciado por um desses casos. João de Deus, que completou uma semana na cadeia, nega os crimes. Por meio de nota, a defesa do médium afirmou que “juiz fez uma afirmação grave e sem qualquer base empírica. Essa é a verdade”.
O magistrado autorizou buscas em cinco endereços relacionados ao médium. Quatro dos mandados foram cumpridos em Abadiânia, onde fica a Casa Dom Inácio de Loyola, local dos atendimentos espirituais e onde teriam ocorrido os abusos –, e um deles em Itapaci, na região Norte de Goiás. Na busca realizada na sexta-feira, a Polícia Civil encontrou pedras que estão em análise para saber se são esmeraldas, uma arma de fogo, medicamentos e uma mala com R$ 1,2 milhão em dinheiro na casa do médium. Em dirigências anteriores, outros R$ 400 mil em moeda nacional e estrangeiras, além de armas, também na casa dele, o que motivou o pedido de prisão, concedido pelo magistrado.
No fim de semana, a Superintendência de Vigilância em Saúde de Goiás (Suvisa) interditou o laboratório da farmácia que funciona na Casa Dom Inácio de Loyola. O órgão informou que a farmácia do local produzia medicamentos em escala industrial, atividade para a qual não tinha autorização. Relatório divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde de Goiás (SES-GO) diz que a interdição atinge somente o laboratório, permitindo as vendas dos medicamentos. O órgão esclareceu que a farmácia tem alvará para produzir os remédios, mas não na escala em que estavam sendo feitos. O volume de produção e de venda não foi informado.

Críticas

A defesa de João de Deus, que nega as acusações de crimes sexuais, criticou as novas buscas e nova ordem de prisão preventiva emitidas na sexta-feira. “A nova busca e apreensão foi determinada com base em denúncia anônima e foi genérica, o que é inadmissível”, afirmou o advogado Alberto Toron. O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) levantou que há 255 vítimas em potencial. As mulheres que procuraram o órgão para denunciara os abusos teriam entre 9 e 67 anos nas datas dos crimes. Desses casos, o órgão acredita que 112 prescreveram.
Os promotores pretendem ouvir João de Deus ainda esta semana e denunciá-lo em seguida. Junto com o inquérito já fechado pela Polícia Civil, o órgão deve juntar outros casos recentes, ainda deste ano. João de Deus teve a prisão decretada em 14 de dezembro, a pedido da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual de Goiás, que passaram a receber vários relatos de abuso sexual durante tratamento espiritual após a coreógrafa holandesa Zahira Leeneke Maus denunciar o médium em programa de TV.

No dia 16, ele se entregou à polícia em uma estrada de terra em Abadiânia. João de Deus prestou depoimento em seguida, durante três horas, e afirmou à Polícia Civil que, antes de as denúncias virem à tona, foi ameaçado por um homem, por meio de uma ligação de celular. Além disso, negou os crimes e que tenha movimentado R$ 35 milhões nos dias anteriores à prisão.
Fonte: Estado de Minas

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