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25 de abril de 2024
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Política

Maia Mira 2022 em último ano no comando da Câmara

Protagonista das últimas reformas econômicas, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), volta do recesso parlamentar hoje, com o desafio de continuar dando as cartas na relação entre o Congresso e o Planalto e a perspectiva de perder o poder no fim do ano. O deputado evita antecipar a própria sucessão. Não tem declarado apoio a ninguém, o que faz aumentar o número de aliados de olho na disputa pela sua cadeira, marcada para fevereiro do ano que vem. Um movimento calculado. Seu desafio será arrastar a visibilidade até as eleições gerais de 2022. “Só não posso apoiar quem antecipar o processo eleitoral (na Câmara)”, disse o deputado ao Estado.

No comando da Câmara desde 2016 e segundo na linha de sucessão presidencial, Maia não é um campeão de votos e sabe que a liderança na Casa é uma garantia que tem por pouco tempo. Recentemente, reformulou sua imagem nas mídias sociais, mas tem sido triturado virtualmente por uma rede capitaneada pessoalmente pelos integrantes da família Bolsonaro.

O último ano de Maia no comando da Câmara será mais curto, o que não significa que ficará livre de turbulências. No segundo semestre, as eleições municipais de outubro vão monopolizar as atenções. Ainda assim, há expectativa de crise em torno dos desdobramentos da briga interna no PSL, maior partido da Casa ao lado do PT, com 53 deputados. A disputa põe de um lado o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, e, de outro, o grupo liderado pelo desafeto da família presidencial, deputado Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, partido que Bolsonaro deixou no ano passado. Em jogo está quem vai mandar na bancada, inclusive, orientando os 53 votos.

Outro foco de tensão que colocará o Parlamento em alerta este ano será o controle do Orçamento. A queda de braço é com o governo. Enquanto o Congresso quer ter o direito de indicar o destino R$ 46 bilhões para atender suas bases, o Planalto resiste. O valor foi apresentado pelo relator do Orçamento, Domingos Neto (PSD-CE), aliado de Maia, no fim do ano passado.

Deputados e senadores consideram que garantir o pagamento de todas as emendas parlamentares é a principal tarefa das próximas semanas. Muitos deputados vão disputar vagas de prefeito ou trabalhar para alavancar candidaturas de seus aliados. “No momento em que começa uma eleição, isso cria um ambiente de tensão que é natural”, afirmou Neto. O próprio Maia também vai protagonizar embates na retomada de trabalhos no Congresso. Na semana passada, ele fez ataques diretos ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, ao acusá-lo de “brincar” com o futuro das crianças. Maia ficou contrariado com a demissão do advogado Rodrigo Sergio Dias, indicado por ele para o comando do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) em dezembro, em pleno recesso parlamentar.

Daniel Weterman e Camila Turtelli

Estadão Conteúdo

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