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Ministro diz que é o cachorro que abana o rabo e procuradores pedem ao STF providências contra Gilmar Mendes

A ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República) divulgou uma carta aberta direcionada aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) em que pede providências em relação à atuação do ministro Gilmar Mendes, que, para a entidade, coloca em dúvida a credibilidade do tribunal.

A ANPR representa cerca de 1.300 procuradores da República em todo o país. “Não é de hoje que causa perplexidade ao país a desenvoltura com que o ministro Gilmar Mendes se envolve no debate público, dos mais diversos temas, fora dos autos, fugindo, assim, do papel e do cuidado que se espera de um juiz, ainda que da Corte Suprema. Salta aos olhos que, em grau e assertividade, e em quantidade de comentários, sua excelência se destaca e destoa por completo do comportamento público de qualquer de seus pares”, diz a carta.

O texto menciona a atuação de Mendes no processo que envolve o empresário Jacob Barata Filho, conhecido no Rio como “rei do ônibus”. No dia 17, Mendes concedeu habeas corpus a Barata Filho. Pouco depois, o juiz federal Marcelo Bretas determinou novamente a prisão preventiva do empresário. Na sexta (18), o ministro do STF deu nova decisão e soltou Barata Filho. Mendes foi padrinho de casamento de uma filha do empresário que, em 2013, se casou com um sobrinho da mulher do ministro do Supremo. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a suspeição de Mendes no caso, apontando também a relação de sociedade entre Barata Filho e o cunhado do ministro.

A Procuradoria sustentou ainda que a mulher de Mendes, Guiomar Mendes, trabalha no escritório de advocacia de Sergio Bermudes, ligado a alguns dos investigados nesse caso. Janot pediu à ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, que os atos de Mendes sejam considerados nulos e que o ministro seja ouvido para esclarecer os fatos. A carta da ANPR endossa o pedido.

“O ministro Gilmar Mendes não só se dirigiu de forma desrespeitosa ao juiz federal que atua no caso [Bretas], afirmando que, ‘em geral, é o cachorro que abana o rabo’, como lançou injustas ofensas aos procuradores da República que oficiam na Lava Jato do Rio de Janeiro, a eles se referindo como ‘trêfegos e barulhentos”, diz a carta.

Folha S.Paulo Fotos: Ultimo Segundo

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