10 de novembro de 2025
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Nordeste é segunda região com mais famílias endividadas

Desemprego em alta, perda do poder de compra e mudanças constantes nos valores de produtos: juntos, esses fatores acabam comprometendo os orçamentos das famílias, que vendo o desequilíbrio entre as despesas e a renda, se vêem na necessidade de deixar essa ou aquela conta em atraso. A mais nova edição da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada na manhã de ontem pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou que 72,7% das famílias do Nordeste terminaram 2021 endividadas; essa média só não foi maior do que a vista na Região Sul, onde 81,7% das residências ficaram no vermelho. 30,6% dos nordestinos estão com contas em atraso, e 10,5% não vêem possibilidades de limpar o nome.

“Os impactos da pandemia seguiram reverberando de diferentes formas no desempenho da atividade econômica doméstica em 2021, em que a inflação ao consumidor mais elevada provocou o maior endividamento entre as famílias de menor renda, pela necessidade de recomposição dos rendimentos”, disse a Confederação em sua análise. O cartão de crédito aparece como o principal motivo de endividamento: 86,2% dos brasileiros apelaram para o ‘dinheiro de plástico’ a fim de manter o consumo. E não se trata de gastos supérfluos: algumas redes atacadistas consultadas pela reportagem relataram que em meio à pandemia começaram a aceitar parcelamento em até três vezes no crédito sem juros, para compras de alimentos e produtos de higiene e limpeza.

Quem vai ao supermercado ou abastecer o carro e acha que ‘tá tudo caro’, não é só uma percepção: a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) atestou que a Região Metropolitana de Salvador atingiu o nível de inflação mais alto do Nordeste, com 10,78% de incremento; a última vez foi em 2015. O consultor econômico da federação Guilherme Dietze considera o salto bastante salgado para a população, que acaba recorrendo ao crédito para tentar se proteger da inflação. “O que pesará negativamente será a sequência de reajustes, do transporte público, matrícula escolar, IPVA, aluguéis, remédios, planos de saúde etc. A inflação do ano passado será carregada, de certa forma, para este ano, mantendo o IPCA ainda num patamar elevado”, avaliou Dietze.

Na capital baiana, sete em cada dez famílias fecharam o ano com alguma conta no vermelho, e 92% estavam com problemas para pagar o cartão de crédito. Embora tenha notado um esforço por parte dos consumidores no apagar das luzes de 2021 para não caírem na inadimplência, fruto principalmente da disponibilidade do 13° salário entre novembro e dezembro, a pesquisadora responsável pela Peic Izis Ferreira acredita que os tempos continuarão difíceis para quem quer continuar mantendo os compromissos financeiros em dia. “Os consumidores seguirão enfrentando os desafios financeiros da segunda metade de 2021, principalmente inflação, juros elevados e um mercado de trabalho formal ainda frágil. Soma-se a isso o vencimento das despesas típicas do primeiro trimestre, que deverá apertar ainda mais os orçamentos domésticos neste período”, comentou a especialista da CNC.”

Tribuna da Bahia

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