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Bahia

Parque Aeroespacial: Bahia vira polo estratégico e impulsiona o Brasil no setor

Batizado de CIMATEC Aeroespacial, a expectativa é que o novo campus seja muito mais do que um parque industrial

Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia

Por Hieros Vasconcelos

A inauguração do Parque Industrial e Tecnológico Aeroespacial da Bahia, ontem, representou um marco histórico para o estado e para o Brasil. Instalada em Salvador, a nova estrutura é a primeira do gênero no Nordeste e consolida a capital baiana como centro estratégico da ciência e da indústria aeroespacial brasileira, conectando o país às redes globais de inovação. O projeto é liderado pelo SENAI CIMATEC (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia), com apoio de instituições nacionais e internacionais.

Batizado de CIMATEC Aeroespacial, a expectativa é que o novo campus seja muito mais do que um parque industrial: e sim um ambiente de pesquisa e desenvolvimento de alta complexidade, voltado para setores como mobilidade aérea, montagem e manutenção de aeronaves, drones civis e militares, defesa e atividades espaciais. A meta é ambiciosa: lançar, até o fim de 2026, o primeiro nanossatélite baiano, com apoio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e de universidades baianas.

Mais do que infraestrutura, o CIMATEC Aeroespacial foi visto por autoridades, cientistas e especialistas como fortalecimento da soberania e inclusão. “Essa não é apenas uma conquista do CIMATEC ou da Bahia, mas do Brasil. Estamos escrevendo uma nova página na história da indústria e da ciência nacional, colocando nosso país em pé de igualdade com os grandes centros aeroespaciais do planeta”, afirmou Leone Andrade, diretor geral da instituição.

Conforme o centro de pesquisa e tecnologia, a área para a implantação é estratégica: ao lado da pista do Aeroporto Internacional de Salvador, com acesso direto e direito de uso da Base Aérea cedido pela União. O local também abrigará um museu aeroespacial interativo, instalado no edifício histórico da antiga base militar e aberto ao público, conectando ciência e sociedade.

Durante a cerimônia, o diretor-geral do SENAI CIMATEC, Leone Andrade, ressaltou o papel visionário da iniciativa. “Esse projeto nasce para o mundo. O setor aeroespacial é globalizado, e é assim que estamos enxergando essa missão. O Brasil tem plenas condições de ser o principal hub de pesquisa e desenvolvimento da América Latina. E aqui, na Bahia, damos um passo definitivo nesse sentido”, afirmou.

A implantação do parque deve ocorrer por fases. A primeira aproveita as instalações da antiga Base Aérea; a segunda prevê a construção de hangares e edifícios técnicos; e a terceira inclui laboratórios ainda mais avançados, com estrutura de ponta.

O projeto tem apoio da Agência Espacial Brasileira (AEB), Ministério da Defesa, Força Aérea Brasileira, ANAC, Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), DLR (Centro Aeroespacial Alemão, conhecido como “NASA da Alemanha”), universidades federais e estaduais da Bahia, SENAI de Goiás, além da Vinci (administradora do aeroporto de Salvador) e da empresa baiana BAETE Linhas Aéreas.

Primeiro nanossatélite da Bahia e turmas gratuitas para jovens de baixa renda

O diretor geral Leone reforçou ainda que o novo parque integra um ecossistema tecnológico já estruturado pelo CIMATEC, com laboratórios de alta complexidade em Camaçari – entre eles os de vibração, usinagem de precisão, manufatura aditiva e eletrônica. “A base está consolidada. Agora, somamos o protagonismo aeroespacial, com cooperações internacionais e formação de excelência. Tudo começa com as pessoas, por isso teremos várias turmas gratuitas com apoio do Governo do Estado, garantindo que jovens brilhantes de baixa renda tenham acesso a essa revolução”, destacou.

Na sequência, o diretor de Operações do CIMATEC, Paulo André Passos, reforçou que o novo parque já está em operação. “Estamos materializando estratégias discutidas há anos. Criamos o Centro de Competência em Aeronáutica e Drones, em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), que identificou esse setor como uma lacuna nacional. Hoje já temos resultados concretos graças à união entre universidades, setor industrial e o poder público”, disse.

Paulo também celebrou a criação do Centro de Competência em Nanossatélites, um segmento inédito na Bahia. “Nossa ambição é grande. Queremos lançar o primeiro nanossatélite baiano no final do próximo ano. É a Bahia inserida na corrida espacial”, declarou.

Na formação, o CIMATEC Aeroespacial já atua com a segunda turma da especialização em Engenharia Aeronáutica, com professores do ITA e da Embraer. Novos cursos também serão ofertados, como Engenharia de Sistemas (em parceria com a organização internacional INCOSE e a Ford) e o aguardado curso técnico de Manutenção Aeronáutica, homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) para suprir a grande carência de profissionais qualificados no setor.

Na dimensão educacional, o Parque Aeroespacial amplia a atuação do CIMATEC

Na dimensão educacional, o Parque Aeroespacial amplia a atuação do CIMATEC, que já é referência nacional em formação tecnológica de ponta. Atualmente, a instituição oferta cursos de destaque como a graduação em Engenharia de Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia de Materiais, além de especializações e mestrados profissionais reconhecidos, como o Mestrado em Modelagem e Tecnologia Industrial.

Já no novo campus CIMATEC Aeroespacial, em Salvador, os cursos ganharão foco direcionado ao setor aeroespacial: entre os já em andamento estão a especialização em Engenharia Aeronáutica — com docentes do ITA e da Embraer —, o curso de Engenharia de Sistemas, em parceria com o INCOSE e apoio da Ford, e o curso técnico em Manutenção Aeronáutica, homologado pela ANAC e voltado para preencher uma das maiores lacunas do mercado global.

De acordo com o CIMATEC, serão lançados programas inéditos voltados à engenharia de satélites e tecnologias de defesa. Entre os cursos que mais projetam o Brasil internacionalmente está a graduação em Engenharia Mecânica com ênfase em manufatura aditiva e materiais compósitos, área em que o CIMATEC é pioneiro na América Latina.

De acordo com a instituição de ensino, essas formações consolidam a instituição como celeiro de talentos que já atuam em grandes empresas e centros de pesquisa do Brasil, Europa e Estados Unidos, colocando a Bahia no radar global da ciência e da indústria de alta complexidade. 

Fonte Tribuna da Bahia

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