
O ex-prefeito também comentou sua derrota em 2022, minimizando o papel do atual governador Jerônimo Rodrigues (PT) no resultado.
O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) confirmou ontem que deseja disputar novamente o governo da Bahia em 2026. Em entrevista para a Rádio Metrópole, o político reafirmou sua intenção de liderar uma chapa majoritária, embora tenha ressaltado que o anúncio oficial só será feito em 2025.
“Eu quero ser candidato a governador. Desejo muito construir um projeto que seja competitivo e viável para isso, o que também não significa dizer que eu estou aqui nesse momento anunciando uma candidatura, porque isso só pode e deve acontecer depois que a gente passar o ano de 2025”, afirmou.
Neto disse não ter dúvidas de que seu grupo político vencerá a eleição. “Eles podem vir com o arsenal que vier, podem ter o dinheiro que tiverem, podem mobilizar a estrutura que quiserem. Se a população baiana quiser mudar, nós vamos ganhar a eleição”, declarou.
O ex-prefeito também comentou sua derrota em 2022, minimizando o papel do atual governador Jerônimo Rodrigues (PT) no resultado. “Perdi em 2022, mas lá eu não disputei com Jerônimo, com todo respeito ao governador. Jerônimo estava escondido atrás de Lula, da avaliação de Rui Costa, ele contou uma historinha bonita organizada pelo marketing”, disparou.
Na mesma entrevista, ACM Neto criticou duramente o decreto assinado pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que impôs tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Classificando a medida como “injustificável”, ele defendeu uma resposta firme por parte do governo brasileiro, sem transformar o tema em embate ideológico. “Não é razoável que se coloque tarifas de 50% para a exportação dos produtos brasileiros. Lamento que essa tenha sido a decisão dos Estados Unidos. E, acima de tudo, é preciso defender a nossa soberania”, disse. Para ele, a política externa do governo Lula teve influência negativa no caso. “Vejo o presidente desatualizado e pouco conectado com a realidade das ruas”, afirmou.
Segundo Neto, a solução para o impasse passa por diálogo e moderação. “Tem que dar espaço para que, pelas vias diplomáticas, pelo entendimento e pela boa política, haja uma solução para essa questão do tarifaço, que é absolutamente inaceitável e prejudicial para a economia brasileira”, concluiu.
Fonte: Tribuna Bahia

