23 de outubro de 2025
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Política

Clima de incerteza cerca indicação de Jorge Messias ao STF

Apesar da decisão de Lula, pressão de senadores por Rodrigo Pacheco e atraso no anúncio geram desconforto entre aliados do advogado-geral da União

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Por Iander Porcella, do Estadão

Aliados que estiveram nos últimos dias com o advogado-geral da União, Jorge Messias, relataram à Coluna do Estadão que ele demonstra preocupação com sua indicação ao Supremo Tribunal Federal (STF). Apesar de não restar dúvidas de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva bancará seu nome à Corte, há um temor sobre a pressão do Senado para que o escolhido fosse o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Essa postura dos parlamentares gera incerteza e sinaliza para dificuldades na sabatina e na votação no plenário para que a nomeação seja aprovada.

Interlocutores de Messias perceberam sinais de desânimo e pessimismo em seu comportamento, o que chegou a levar alguns a pensarem que sua indicação ao Supremo havia “subido no telhado”. Lula, contudo, está irredutível na escolha. Na noite desta segunda-feira, 20, o petista comunicou ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que indicará o advogado-geral da União ao STF. O senador, por sua vez, defendeu o nome de Pacheco.

A expectativa era de que Lula oficializasse Messias para o Supremo até ontem, antes de viajar para a Ásia. No entanto, o anúncio foi adiado porque o presidente quer antes conversar com Pacheco, em um gesto de deferência ao senador, que é o nome favorito do petista para disputar o governo de Minas Gerais em 2026. Mesmo assim, a demora na indicação gerou uma “pulga atrás da orelha” de aliados do advogado-geral da União.

Como mostrou a Coluna, o Planalto duvida que o Senado barre o nome de Messias para o STF, apesar da forte pressão a favor de Pacheco. Integrantes do governo lembram que a última vez em que o Senado rejeitou uma indicação presidencial ao STF foi no governo de Floriano Peixoto (1891-1894), no começo da República.

Em 2021, Alcolumbre, que à época comandava a Casa pela primeira vez, segurou por quase 100 dias a sabatina do hoje ministro do Supremo André Mendonça, que havia sido indicado pelo então presidente Jair Bolsonaro. O senador defendia o nome do procurador-geral Augusto Aras. Mesmo assim, o nome acabou aprovado. Na ocasião, Messias, que é evangélico assim como Mendonça, foi um dos que articularam nos bastidores para destravar a indicação.

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