10 de novembro de 2025
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Na OMC, Brasil denuncia tarifas e angaria apoio internacional

Em discurso, o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty alertou que tratar negociações como “jogos de poder” representa um atalho perigoso

Foto: Divulgação/Opeu

Em reunião na Organização Mundial do Comércio (OMC), ontem, o Brasil condenou o uso de tarifas como instrumento de coerção e ameaça, e alertou para os riscos à estabilidade econômica global. Sem citar diretamente o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, as declarações do embaixador Philip Gough receberam o apoio de cerca de 40 países, incluindo membros do Brics, União Europeia e Canadá. 

Em discurso, o secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty alertou que tratar negociações como “jogos de poder” representa um atalho perigoso “para a instabilidade e a guerra”.  “Tarifas arbitrárias, anunciadas e implementadas de forma caótica, estão desestruturando as cadeias globais de valor e correm o risco de lançar a economia mundial em uma espiral de preços altos e estagnação”, disse.

Gough fez um alerta sobre o uso de medidas comerciais como instrumento de pressão política. “Estamos testemunhando agora uma mudança extremamente perigosa em direção ao uso de tarifas como uma ferramenta na tentativa de interferir nos assuntos internos de terceiros países.”

O mecanismo de disputas da OMC está atualmente paralisado devido ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos. A organização já havia sido enfraquecida durante o primeiro mandato de Trump, e o governo Biden manteve o impasse ao não nomear novos representantes para o órgão de apelação. Essa paralisação compromete seriamente a capacidade do organismo internacional de aplicar e fazer cumprir suas próprias decisões.

Na ocasião, o representante do governo brasileiro defendeu uma reforma estrutural da OMC, com o objetivo de restaurar seu papel como foro legítimo para a solução de controvérsias e a defesa das economias em desenvolvimento. Gough afirmou que, caso as negociações com Washington não avancem, o Brasil recorrerá “a todos os meios legais disponíveis para defender nossa economia e nosso povo” — incluindo, se necessário, o próprio sistema de resolução de controvérsias. 

Embora não tenha sido mencionada diretamente pelo Brasil, a delegação dos Estados Unidos respondeu às críticas. Sem citar o país ou a disputa comercial em curso, os representantes afirmaram estar preocupados com o fato de “trabalhadores e empresas norte-americanas serem forçados a competir em condições desiguais com países que não seguem as regras e compromissos assumidos ao ingressarem nesta instituição”.

Fonte: G1

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