
Paulinho da Força descarta colocar no texto qualquer dispositivo que determine prisão domiciliar para ex-presidentes.
O relator do projeto de lei da anistia, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), descarta colocar no texto qualquer dispositivo que determine prisão domiciliar para ex-presidentes condenados. Essa medida tem sido discutida pela oposição para beneficiar Jair Bolsonaro, que foi sentenciado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e três meses de cadeia por tentativa de golpe de Estado.
“Não dá para individualizar. Como eu vou colocar isso em um projeto de lei? Esse cara aqui eu vou salvar, ou aquele lá eu vou salvar. Não dá para fazer isso. Vou ter que fazer uma coisa genérica, geral para todos”, disse Paulinho à Coluna do Estadão.
A oposição, contudo, já prepara uma cartada final: mesmo que Paulinho deixe Bolsonaro de fora do relatório da anistia, o PL deve apresentar um destaque de bancada para votar uma medida que beneficie o ex-presidente, de forma separada, após a aprovação do texto principal no plenário.
Lideranças da Câmara ouvidas pela Coluna temem nos bastidores que essa estratégia dos bolsonaristas dê certo e o acordo pela “anistia light”, apenas com redução de penas para os condenados do 8/1, saia do controle na hora da votação no plenário.
Pelo regimento interno, as bancadas podem apresentar destaques para votar em separado emendas ao texto-base, mesmo que elas tenham sido rejeitadas pelo relator. Pelo tamanho de sua bancada, o PL tem direito a fazer quatro destaques desse tipo.”
Fonte: Agência Estado



