A realização da Feira Agroecológica Diversidades do Sertão é uma das apostas dos/das jovens agricultores/as, que buscam permanecer em seus territórios, facilitando o acesso ao mercado dos produtos cultivados por agricultoras/es familiares, que produzem alimentos sem uso de veneno.
Durante o mês de julho de 2019, a Associação de Técnicos em Agropecuária e Apoiadores da Agricultura Familiar do Estado da Bahia – Ataf e Serviços de Assessoria a Organizações Populares Rurais – Sasop, entidades realizadoras das Feiras Agroecológicas, fizeram reuniões com parceiros/as, consumidoras/es e as comunidades produtoras, para avaliar os eventos ocorridos no mês de abril em Pilão Arcado, e no mês de junho em Campo Alegre de Lourdes-BA.
Os encontros foram promovidos por jovens integrantes da Ataf e debateram temas como a metodologia da feira, formas de comercialização e exposição dos produtos. As reuniões também foram a oportunidade de ouvir os/as agricultores/as e consumidores/as sobre o assunto.
Ao longo das atividades, os/as agricultores/as, consumidores/as e parceiros/as, avaliaram as Feiras Agroecológicas de forma positiva, pontuando o evento como uma nova forma de valorizar os produtos cultivados pelas/os agricultoras/es familiares da região. Segundo eles/as, o momento veio contribuir para o consumo de alimentos saudáveis, como também para a geração de renda no campo e na cidade. “A feira contribuiu muito, porque traz produtos sem uso de agrotóxicos, produtos originais da região, por isso avalio a feira como importante para nos consumidores e agricultores”, avalia a consumidora Ornezinda Evangelista, da comunidade Limeira, município de Pilão Arcado.
“Acho que a feira cumpriu na integra com os seus objetivos, principalmente de apresentar para a população local o potencial produtivo da agricultura familiar, da mulher e do jovem do campo. Como próximos passos, pensaremos coletivamente na consolidação de um espaço de venda para que a agricultura familiar consiga ter mais visibilidade”, projeta Francisco José, Assessor Técnico do Sasop. Ele acredita que a feira pode contribuir para o “fortalecimento da agroecologia como modo de vida da população camponesa de toda região”.
Os encontros para avaliações das Feiras Agroecológicas, contaram com a presença de representantes diversas organizações sociais, como Associações de Fundo de Pasto, Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais, Pastorais, outras ONGs e representantes dos poderes públicos locais.
Segundo Josemar Feitosa, agricultor da comunidade de Barreiro do Espinheiro, município de Campo Alegre de Lourdes, a feira foi muito boa, desde a comercialização dos produtos às palestras. “As palestras ensinaram a gente a organizar melhor nossos produtos… Também foi importante por causa dos produtos saudáveis, sem agrotóxico, que pode ir pra mesa de qualquer cidadão. Outra coisa que avalio como importante é que a feira não trabalha só a questão da produção, trabalhou também a questão cultural, como os cordéis, músicas, poemas, isso a gente não pode esquecer, nessa região isso já foi bastante rico”, diz o agricultor.
As Feiras Agroecológicas Diversidades do Sertão contaram com a parceria dos Jovens Comunicadores e o apoio do Pró-Semiárido, um projeto da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional – CAR, órgão da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado da Bahia – SDR, que conta com recursos advindos de um acordo de empréstimo firmado com o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola – FIDA.
Texto e foto : Ataf
Edição: Comunicação Irpaa