
O presidente Luíz Inácio Lula da Silva, em nota, afirmou nesta quarta-feira (30) que considera “inaceitável” a interferência do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, no Judiciário brasileiro.
O presidente se solidarizou com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), alvo de sanções aplicadas por Washington com base na chamada Lei Magnitsky.
“A interferência do governo norte-americano na Justiça brasileira é inaceitável”, diz o texto. “O governo brasileiro se solidariza com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, alvo de sanções motivadas pela ação de políticos brasileiros que traem nossa pátria e nosso povo em defesa dos próprios interesses.”
A manifestação ocorre horas depois de o decreto acusar Moraes de violações de direitos humanos e perseguição a cidadãos americanos.
Para Lula, as medidas têm motivação política e colocam em risco a soberania nacional.
“A motivação política das medidas contra o Brasil atenta contra a soberania nacional e a própria relação histórica entre os dois países”, afirmou.
O texto também enfatiza a independência entre os Poderes como base da democracia brasileira:
“Um dos fundamentos da democracia e do respeito aos direitos humanos no Brasil é a independência do Poder Judiciário e qualquer tentativa de enfraquecê-lo constitui ameaça ao próprio regime democrático. Justiça não se negocia.”
O governo informou ainda que já iniciou a avaliação dos impactos das medidas e está elaborando ações para apoiar trabalhadores, empresas e famílias brasileiras afetadas pelas decisões de Washington.
Fonte: RedeGN Com Informações do G1

