32.4 C
Remanso, BR
1 de novembro de 2025
Remanso News
  • Home
  • Notícias
  • MTE participa de debate sobre alfabetismo funcional e inclusão produtiva
Notícias

MTE participa de debate sobre alfabetismo funcional e inclusão produtiva

Encontro promovido pela Unicef e parceiros discutiu os desafios do letramento no Brasil com base nos dados do INAF 2024 e destacou a importância da educação para o acesso a empregos de qualidade

Foto: Matheus Itacarambi / MTE

O diretor de Políticas de Trabalho para a Juventude do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), João Victor Motta, participou, nesta terça-feira (15), do debate “Inclusão produtiva das juventudes e alfabetismo funcional: que desafios se impõem?”, realizado no auditório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em Brasília.

A discussão teve como base os dados do Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF) 2024, elaborado pela organização não governamental Ação Educativa. O evento foi promovido pela Unicef, pelo Instituto Conhecimento Social e pelo Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes, iniciativa coordenada, entre outras instituições, pelo MTE.

Durante a apresentação, Ana Lima, coordenadora do estudo, destacou que a taxa de analfabetismo funcional caiu entre 2001 e 2009, estabilizando-se em 27%, mas voltou a subir em 2018, chegando a 29%, índice que se mantém até hoje. Entre os jovens de 15 a 29 anos, esse percentual é significativamente menor, de 16%, enquanto entre adultos de 40 a 64 anos alcança 51%.

Segundo Ana, essa diferença se explica pelo fato de a escolarização no Brasil ser um processo relativamente recente, o que faz com que a maioria dos jovens tenha concluído ao menos o ensino fundamental e muitos também o ensino médio.

“Se as habilidades exigidas pelo mercado de trabalho fossem as mesmas de 20 anos atrás, os jovens estariam muito mais preparados do que seus pais. No entanto, o trabalho muda, a sociedade muda e as demandas também mudam. Por isso, o mesmo nível de alfabetização que os pais tinham já não é suficiente para atender às exigências do mercado atual”, explicou Ana.

Para João Motta, o debate é fundamental para pensar caminhos que promovam uma sociedade mais educada e um mercado de trabalho mais inclusivo. “Os dados indicam uma correlação direta entre o nível de letramento e o acesso a empregos de qualidade: quanto maior o letramento, maiores são as chances de inserção em ocupações decentes. Por isso, é essencial integrar essas discussões e compreender como o mundo do trabalho pode influenciar positivamente o letramento e, inversamente, como o baixo letramento pode limitar o acesso e a qualidade das oportunidades profissionais”, concluiu.

Os resultados do estudo foram divididos em cinco categorias:

1. Analfabeto funcional

São pessoas que não conseguem fazer tarefas simples que envolvem a leitura de palavras e frases. Algumas até conseguem reconhecer números conhecidos, como o do telefone, o endereço ou preços, mas têm dificuldade para compreender textos básicos.

2. Analfabeto funcional – Nível rudimentar

Consegue entender informações bem simples em textos curtos e diretos, como frases e palavras soltas. Também sabe ler e escrever números comuns do dia a dia (como horários, preços e telefones), identificar o maior e o menor valor e resolver problemas bem básicos de matemática, ligados a situações cotidianas.

3. Alfabetizado funcional – Nível elementar

Consegue encontrar informações em textos um pouco maiores e fazer pequenas interpretações. Também consegue resolver contas simples com números de até mil, planejando um pouco para encontrar a resposta.

4. Alfabetizado funcional – Nível intermediário

Já consegue entender informações que não estão totalmente claras em textos de diferentes tipos (como jornalísticos ou científicos) e fazer interpretações mais complexas. Também resolve problemas que envolvem porcentagens e proporções. Esse nível também permite fazer resumos de textos, entender argumentos e comparar diferentes pontos de vista.

5. Alfabetizado funcional – Nível proficiente

É quem está no nível mais alto de alfabetismo funcional. Consegue escrever textos complexos (como mensagens, explicações ou argumentos), interpretar gráficos e tabelas com muitas informações e entender dados com medidas, escalas e comparações. Também sabe identificar o que o autor do texto quer transmitir e perceber possíveis exageros, distorções ou tendências nos dados.

Fonte: Tribuna da Bahia

Posts relacionados

Golpe no WhatsApp usa vale-presente da Kopenhagen para enganar usuário

Redação Remanso News

Mais de 1.000 agências da Caixa passam a abrir mais cedo, às 8h

Redação Remanso News

Notícias da Cidade – Remansenses fazem campanha pedindo ajuda para menina que luta contra tumor na cabeça

Redação Remanso News

Juiz diz que médium João de Deus chefiava quadrilha

Redação Remanso News

Polícia Federal recebe dados e apura obstrução de investigação no caso Marielle

Redação Remanso News

Operação contra assaltos e tráfico de drogas começa em Casa Nova, passa por Petrolina e termina em Sobradinho com um suspeito morto em confronto

Redação Remanso News

Deixe um comentário