18 de outubro de 2025
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Saúde é vida

40% das mulheres com Ovários Policísticos tem dificuldade para engravidar

Foto: Divulgação/Ascom

Muito comum em mulheres em idade fértil, a Síndrome pode ser controlada com adoção de hábitos saudáveis.

Setembro é o mês de conscientização sobre a Síndrome de Stein-Leventhal, mais conhecida como Síndrome dos Ovários Policísticos ou Micropolicísticos (SOP), distúrbio hormonal muito comum e que atinge entre 8 e 13% das mulheres em idade reprodutiva, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. No Brasil, estima-se que cerca de 2 milhões de novos casos da Síndrome sejam diagnosticados por ano. De causas pouco conhecidas, a SOP é associada a fatores genéticos, hormonais e ambientais que produzem a formação de múltiplos cistos nos ovários, afetando a ovulação e causando ciclos menstruais irregulares ou ausentes.

 “A Síndrome pode acarretar vários impactos negativos na saúde e qualidade de vida das pacientes. A infertilidade é uma das principais consequências da SOP por causar disfunção ovariana e desregular o ciclo menstrual, mas nem toda mulher que tem ovários policísticos vai ser acometida pela condição”, explica a ginecologista Sofia Andrade, especialista em medicina reprodutiva do Cenafert – Centro de Medicina Reprodutiva, clínica que integra o Grupo Huntington, um dos principais Grupos de Reprodução Assistida do Brasil.

Geralmente, a mulher acometida pela Síndrome apresenta, inicialmente, além dos ciclos menstruais irregulares ou ausentes, acne leve, queda de cabelo e hirsutismo (excesso de pelos em áreas incomuns).  “A SOP costuma ser subdiagnosticada e negligenciada por seus sintomas iniciais sutis, mas é essencial que as pacientes acometidas pela Síndrome tenham acompanhamento médico para reduzir complicações que podem surgir ao longo do tempo, caso não seja tradada adequadamente”, acrescenta a médica. 

Embora não seja considerada uma doença grave, a Síndrome de Ovários Policísticos pode acarretar várias implicações sérias na saúde da mulher como infertilidade, maior predisposição à obesidade e acúmulo de gordura abdominal (visceral), dislipidemia (elevação das taxas de colesterol e triglicerídeos), síndrome metabólica, problemas cardiovasculares, diabetes mellitus (Tipo 2), dentre outras. “O risco de abortamento também é maior para as mulheres que têm ovários policísticos”, afirma Sofia Andrade.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a SOP pode causar infertilidade em até 40% das pacientes. “Quando a Síndrome compromete a fertilidade, o tratamento pode ser realizado através do uso de medicamentos indutores da ovulação. Casos com maior comprometimento da condição reprodutiva podem ser tratados com as técnicas de reprodução assistida, como inseminação artificial ou Fertilização in Vitro”, esclarece a especialista.

Manter-se com o peso adequado, praticar atividade física regular, adotar uma alimentação equilibrada e rica em fibras e controlar o estresse são algumas medidas que podem ajudar bastante na redução dos sintomas e controle da Síndrome. “Muitas vezes, com a adoção de novos hábitos, a mulher consegue melhorar seu quadro clínico e condição geral de saúde e engravidar naturalmente” finaliza Sofia Andrade.

Fonte: Tribuna Da Bahia

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