
O ministro Alexandre de Moraes, na abertura do semestre do Supremo Tribunal Federal (STF), discursou acerca do momento de tensão entre o Brasil e os Estados Unidos.
Em declaração contundente, o ministro afirmou que brasileiros investigados ou processados pela Procuradoria, ou pela Polícia Federal têm participado de condutas dolosas e conscientes, integrando uma organização criminosa que atua de forma “covarde e traiçoeira”, sem precedentes no país. Segundo ele, o grupo pretende submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal (STF) ao controle de um Estado estrangeiro, em um ataque inédito à soberania nacional.
Moraes ressaltou ainda que muitas dessas ações covardes foram movidas pelo que chamou de “pseudopatriotas”, que, segundo ele, não tiveram coragem de permanecer no país.
Ele citou os reflexos do chamado “tarifaço” ao Brasil, imposto pelos EUA, que, segundo o ministro, existem diversas provas que as condutas que afrontam a soberania do Brasil são de “negociações criminosas” com a finalidade de “obstrução da justiça” e coagir o STF no julgamento da tentativa de golpe.
Alexandre de Moraes afirmou que a “insistência dessa organização criminosa no incentivo as tarifas impostas de 50% ao Brasil, gera uma grave crise econômica no país”. Disse ainda que a operação é a mesma da tentativa de golpe “o incentivo a taxação, a crise econômica que gera crise social e gera crise política para que haja uma instabilidade e a possibilidade de um novo ataque golpista”.
O ministro defendeu as investigações e o processo dos núcleos da tentativa de golpe. “Afirmo sem medo de errar: não houve no mundo uma ação penal com tanta transparência e publicidade com essa”, disse.
Segundo ele, a finalidade dos “pseudopatriotas” é a substituição do devido processo legal, por um tirânico arquivamento de pessoas “que se acham acima das instituições”, referindo-se a ação do 8 de janeiro.
Moraes afirmou ainda que as coações feitas pelos brasileiros em conluio com um país estrangeiro prejudica não apenas as autoridades e sim a sociedade toda. “Continuam dia após dia, ao verificarem que essa Corte não se vergarão a essas ameças, dia após dia esses brasileiros – traidores da pátria – continuam a incentivar a prática de atividades hostis ao Brasil”, disse.
“As instituições brasileiras são fortes e sólidas e seus integrantes, principalmente no STF, foram forjados no mais puro espírito democrático da Constituição Federal de 1988”, afirmou ao garantir que não aceitará novos golpes de estado.
“A soberania nacional não pode, não deve e jamais será vilipendiada, negociada, ou extorquida, pois é um dos fundamentos da República Federativa do Brasil”, exclamou em outro momento.
Moraes afirmou que Poder Judiciário não permitirá qualquer tentativa de submeter o funcionamento do STF ao crivo de outro estado. Segundo ele, principalmente os feitos “por meio de atos hostis derivados de negociações espúrias e criminosas, de agentes e políticos brasileiros foragidos com o estado estrangeiro, com clara e flagrante objetivo de coagir a Suprema Corte” sobre a ação penal da tentativa de golpe.
“As ações prosseguirão”, afirmou. No discurso, o ministro foi contundente ao dizer que STF vai ignorar as sanções que foram aplicadas e continuará trabalhando, sempre de forma Colegiada.
Moraes finalizou afirmando que o STF vai continuar com o papel nas ações penais para dar uma resposta final a sociedade brasileira, dentro do devido processo legal e sem admitir qualquer interferência externa.
Fonte: BN Notícia

