
A estratégia, segundo esses interlocutores, seria manter uma margem de manobra para os Estados Unidos continuarem escalando as medidas contra o ministro e o próprio STF.
O anúncio de sanções do governo Donald Trump contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes dentro da chamada Lei Magnitsky confirmou em parte a expectativa de bolsonaristas que há semanas alardeavam a possibilidade iminente dos Estados Unidos aplicarem a chamada “pena de morte financeira” contra o magistrado e sua família como forma de pressão por uma anistia ampla a Jair Bolsonaro e aliados. Mas a mulher de Moraes, Viviane Barci de Moraes, escapou das restrições de Washington – por ora.
De acordo com aliados de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), principal patrocinador das sanções americanas e do tarifaço junto à Casa Branca de Trump, a ausência não se deu por acaso e tampouco Viviane, que é advogada, foi poupada.
A estratégia, segundo esses interlocutores, seria manter uma margem de manobra para os Estados Unidos continuarem escalando as medidas contra o ministro e o próprio STF brasileiro nas próximas semanas ou meses antes de mirar outros magistrados da Corte e demais autoridades do Judiciário, como o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
Além disso, alegam que a inclusão de apenas uma autoridade na lista das chamadas sanções Ofac – sigla em inglês para Office of Foreign Assets Control, o Escritório de Controle de Ativos Externos do Departamento do Tesouro – simplifica o processo. Por ser mulher do ministro, o texto da Magnitsky permite que ela seja implicada indiretamente pelas restrições financeiras, bem como outras pessoas próximas a ele.
Fonte: Agência O Globo



