Importação foi autorizada de forma excepcional, pois medicação não tem registro no país
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) autorizou, neste domingo (5), a importação excepcional de 2.600 frascos de Fomepizol, usado como antídoto nos casos de intoxicação por metanol. O prazo para entrega será negociado entre o Ministério da Saúde e o fabricante.
O pedido pela medicação foi feito pelo Ministério da Saúde, que vai adquirir 2.500 frascos. Os outros 100 frascos serão doados pela fabricante da substância. A importação será feita via Opas (Organização Pan-Americana da Saúde).
Segundo a Anvisa, até o momento, não há pedido de registro para esse medicamento no Brasil. A autorização para a importação excepcional foi concedida devido ao caráter de urgência.
Tratamento para a intoxicação por metanol
O Fomepizol é uma das opções de tratamento para os casos de intoxicação por metanol associados ao consumo de bebidas alcoólicas possivelmente adulteradas ou falsificadas.
Além do Fomepizol, a Anvisa autorizou a fabricação de álcool etílico injetável (etanol), destinado ao tratamento de intoxicação por metanol. A medida vai possibilitar o aumento da produção de etanol de grau farmacêutico no Brasil.
Mais de 200 casos suspeitos no Brasil
Até este domingo (5), foram registrados 209 casos suspeitos de intoxicação por metanol, de acordo com o Ministério da Saúde. Até o momento, 16 foram confirmados.
Do total, 192 são em São Paulo — 14 confirmados e 178 em investigação.
Casos por estado
Ao todo, são 13 estados com casos notificados: Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, Paraná, Rondônia, São Paulo, Piauí, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraíba e Ceará. Os estados da Bahia e Espírito Santo tiveram os casos registrados descartados.
Quanto à notificação de óbitos, o país tem 15 registros, com dois óbitos confirmados no estado de São Paulo e 13 em investigação (7 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 em PB e 1 no CE).
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, faz um alerta para que se evite bebidas destiladas neste momento. “Estamos falando de um produto de lazer, não da cesta básica alimentar, então evite um risco como esse. Beba apenas se você tiver certeza absoluta da origem da aquisição deste produto”, explicou.
Fonte: CNN Brasil
