4 de novembro de 2025
Remanso News
  • Home
  • Destaque
  • Em meio à crise no PSL, Bolsonaro inicia pelo Japão giro pela Ásia
Destaque Política

Em meio à crise no PSL, Bolsonaro inicia pelo Japão giro pela Ásia

Em meio à crise com o PSL, o presidente Jair Bolsonaro chega hoje a Tóquio para a primeira etapa de uma viagem a cinco países do leste asiático e do Oriente Médio, que se estenderá até próxima semana. O principal compromisso no país será a cerimônia de entronização do novo imperador do Japão, Naruhito, que ocorrerá amanhã. Bolsonaro ainda se reunirá com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe.

Depois o presidente irá, respectivamente, para China, Emirados Árabes Unidos, Qatar e Arábia Saudita. 

Em todos os países, haverá reuniões com chefes de Estado e com empresários. Um dos principais compromissos da agenda econômica será o fórum de investimento da Arábia Saudita conhecido “Davos no deserto”. Na última sexta-feira, questionado se havia preocupação em fazer uma viagem de longa duração em meio ao imbróglio com seu partido, Bolsonaro retrucou perguntando se deveria cancelar a viagem.

O giro internacional servirá para aparar arestas da política externa. No ano passado, por exemplo, Bolsonaro chegou a afirmar que a China queria “comprar o Brasil”. Depois de tomar posse, no entanto, adotou um discurso mais conciliador. Já no Oriente Médio, houve insatisfação com a intenção de transferir a embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém. O presidente, contudo, recuou de sua promessa, e a intenção no momento é abrir só um escritório de negócios.

Seis ministros fazem parte da comitiva: Ernesto Araújo (Relações Exteriores), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Tereza Cristina (Agricultura), Bento Albuquerque (Minas e Energia) e Osmar Terra (Cidadania). Também acompanham Bolsonaro quatro deputados e um senador – além do governador do Acre, Gladson Cameli (Progressistas).

Mesmo longe de Brasília nesta semana, Bolsonaro deverá se ocupar com o desenrolar da crise no seu partido.

O PSL chamou o ex-secretário especial da Receita Federal Marcos Cintra para ajudar a reestruturar a sigla. Cintra foi demitido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. O ex-secretário perdeu o cargo, em setembro passado, porque Bolsonaro não concordou com a volta de um imposto nos moldes da antiga CPMF. 

Cintra informou que vai acelerar a formulação de propostas de Governo para o PSL e trabalhar na capacitação de quadros do partido no País. 

Já o presidente nacional do DEM e prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto, afirmou, ontem, que nunca houve qualquer cogitação sobre a ida do presidente para o DEM. ACM Neto também negou uma possível fusão do DEM com o PSL. A declaração foi dada durante celebração dedicada à Santa Dulce dos Pobres, na Arena Fonte Nova, na capital baiana.

“Nós temos um partido coeso e bem posicionado no Brasil. Não tem sentido se envolver nesta confusão que se estabeleceu dentro do PSL e do grupo do presidente da República”, disse, ao fazer referência às polêmicas que envolveram a sigla de Bolsonaro na última semana.

Além das disputas internas, que racharam o partido em dois grupos, o PSL terá de superar outra barreira para emplacar o desejado projeto de expansão pelo País: a presença ainda tímida nas cidades. A legenda do presidente não tem diretórios municipais constituídos ou está com a estrutura partidária suspensa por falhas nas prestações de contas ou outras irregularidades em 75% das cidades brasileiras, segundo o TSE.

DN

Posts relacionados

Empresários nordestinos são os mais impactados pela crise

Redação Remanso News

Michelle diz que deputada avançou ‘sobre as partes íntimas’ de Nikolas

Redação Remanso News

Processo Judicial Eletrônico deverá chegar a todas as zonas eleitorais até o final do ano

Redação Remanso News

Vítima de fake news, Wagner desmente boato de fuga: “estou em casa com minha família”

Redação Remanso News

Neto volta a mirar Jerônimo após aumento da violência

Redação Remanso News

Efeito do fechamento de escolas durante a pandemia pode durar 15 anos

Redação Remanso News

Deixe um comentário