30.9 C
Remanso, BR
25 de setembro de 2025
Remanso News
  • Home
  • Destaque
  • Atos contra proteção a parlamentares e anistia mostram repúdio ao Congresso
Destaque

Atos contra proteção a parlamentares e anistia mostram repúdio ao Congresso

Foto: Romildo de Jesus/Tribuna da Bahia

“Estamos na rua! Contra a PEC da Bandidagem e da Anistia. Salvador dando exemplo de luta pela democracia”, escreveu Wagner Moura

Artistas, políticos e movimentos sociais de esquerda protestaram em mais de 30 cidades brasileiras, incluindo as capitais, contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem e a anistia a condenados pela tentativa de golpe em 8 de Janeiro de 2023. Os maiores atos ocorreram em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Na capital paulista, manifestantes levaram uma grande bandeira do Brasil, em um contraponto à dos Estados Unidos, que foi exibida por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante ato a favor da anistia, no dia 7 de Setembro. Segundo o Monitor do Debate Público da USP, 42,4 mil pessoas compareceram ontem à Avenida Paulista. No Rio, de acordo com o mesmo instituto, foram 41,8 mil.

Os atos em todo o País foram marcados por críticas ao Congresso, após a aprovação do requerimento de urgência do projeto que anistia os condenados pelos ataques do 8 de Janeiro, e surpreenderam aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os manifestantes também pediram que Bolsonaro cumpra a pena de 27 anos imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

TERMÔMETRO. Os protestos foram promovidos por artistas, movimentos sociais, sindicatos e partidos políticos. Foram as maiores manifestações da esquerda em tempos recentes. A manifestação pró-anistia convocada pelo pastor Silas Malafaia, em 7 de Setembro, também reuniu 42,2 mil manifestantes na Avenida Paulista, segundo o Monitor do Debate Público da USP. Antes, em junho, um ato de apoio ao ex-presidente, no mesmo local, teve comparecimento menor: 12,4 mil pessoas. “Não tem meio-termo, não tem anistia light, anistia raiz, nem anistia Nutella”, disse o deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP), que participou do ato em São Paulo.

Na praia de Copacabana, no Rio, o ato contou com apresentações musicais de Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Djavan, Marina, Ivan Lins, Maria Gadú, Paulinho da Viola e Lenine. Ali, os manifestantes carregaram dois grandes bonecos infláveis: um de Bolsonaro, com camisa de presidiário, e outro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o chapéu do “Tio Sam”. Cartazes com os dizeres “Congresso, vergonha nacional!” e “Os piores deputados da História”, além dos motes “Sem anistia” e “Não à PEC da Bandidagem” eram exibidos em vários locais.

Já em Brasília a manifestação foi marcada por ataques a Bolsonaro, tido como um dos principais beneficiários do PL da Anistia.

Durante o ato, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu (PT) fez duras críticas ao Legislativo. “Temos que tomar consciência de que, para mudar este País, temos que mudar o Congresso”, disse o ex-ministro. O ato contou com as apresentações de Chico César e Djonga.

Em Salvador, a manifestação envolveu uma caminhada do Farol ao Cristo, com um trio elétrico puxado pela cantora Daniela Mercury, que se manifestou nas redes. “Estamos na rua! Contra a PEC da Bandidagem e da Anistia. Salvador dando exemplo de luta pela democracia”, escreveu. O ator Wagner Moura também subiu no caminhão do trio elétrico e afirmou que “aqui, a extrema direita não se cria”. A percussionista Lanlan e sua mulher, a atriz Nanda Costa, também estiveram presentes.

Em Belo Horizonte, a manifestação teve início pela manhã, na Praça Raul Soares. Do carro de som, um organizador do evento puxou o grito “bom dia, sem anistia para golpista!”, que foi repetido pelos manifestantes. A frase foi entoada em diferentes momentos. Bandeiras do Brasil também marcaram o protesto na capital mineira. Em uma delas, estava escrito “Brasil soberano é o povo no poder”. Uma das atrações do ato foi a cantora Fernanda Takai, da banda Pato Fu.

Em Belém, os manifestantes se reuniram em frente ao Theatro da Paz, na Praça da República, e seguiram até a Estação das Docas. Além de apresentações musicais, houve a presença do ator Marco Nanini. Aliados do presidente Lula destacaram que a mobilização nas ruas também tinha o objetivo de pedir o avanço de pautas populares. Nessa lista estão a taxação dos super ricos, a isenção do Imposto de Renda para os que ganham até R$ 5 mil e o fim da escala de trabalho 6 por 1. Todas essas pautas serão usadas na campanha de Lula à reeleição, em 2026.

O músico Jota.pê, que se apresentou na Avenida Paulista, conversou com o Estadão antes de se dirigir ao público. “É essencial estarmos aqui para mostrar a importância da política para os jovens da periferias”, afirmou. O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP), por sua vez, reforçou: “Não aceitamos impunidade com essa PEC. Vamos lutar contra esse absurdo”.

FORO PRIVILEGIADO. O texto da PEC da Blindagem diz que deputados e senadores só poderão ser presos em caso de flagrante por crime inafiançável e restringe processos criminais contra os parlamentares. Até presidentes de partidos são beneficiados com foro privilegiado. A proposta seguiu para aprovação do Senado. Já o projeto de anistia continua na Câmara. Na quarta-feira, dia 17, a Câmara aprovou urgência do tema. Na quinta, dia 18, o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), oficializou o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (Solidariedade-SP), como relator do projeto.

Motta vira alvo de atos e Gleisi diz que ‘Brasil não vai voltar atrás’

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) foi um dos principais alvos dos manifestantes nos protestos de ontem.

Na Avenida Paulista, por exemplo, Motta foi xingado, vaiado e chamado de “traidor” e “inimigo do povo”. Até mesmo em João Pessoa (PB), reduto eleitoral do presidente da Câmara, os manifestantes carregaram cartazes com os dizeres “Paraíba, não reeleja Hugo Motta”.

Após os atos, a ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-RS), afirmou que postou mensagem nas redes sociais dizendo que o presidente Lula desembarcou em Nova York para a Assembleia Geral da ONU acompanhado do povo brasileiro. “O Brasil não vai voltar atrás na punição aos que atacaram a democracia”, escreveu ela. 

Fonte: estadão

Posts relacionados

Fábrica de insulina será construída na Bahia; previsão é de conclusão em três anos

Redação Remanso News

Bolsonaro cresce e atinge 32%; Haddad tem 21%, mostra Datafolha

Redação Remanso News

Prorrogado Até Dia 30 De Novembro Prazo De Inscrições No Processo Seletivo 2024 Do IFSertão/PE

Redação Remanso News

Remanso: Secretaria municipal de saúde realizará mais uma ação da saúde na comunidade

Redação Remanso News

Por ordem da Justiça eleitoral, universidades passam por fiscalizações

Redação Remanso News

Loteamento Pombo Castelo

Redação Remanso News

Deixe um comentário