A polícia realizou um teste e confirmou que a substância era sangue humano

Por Redação
A polícia da Alemanha investiga a aparição de suásticas pintadas com sangue humano espalhadas em dezenas de carros, algumas caixas de correio e fachadas de prédios em Hanau, cidade localizada a cerca de 20 quilômetros de Frankfurt. A exibição de emblemas nazistas, incluindo a suástica, é crime. A suástica é mundialmente considerada um símbolo de ódio que evoca o trauma do Holocausto e os horrores da Alemanha nazista. Supremacistas brancos, grupos neonazistas e vândalos continuaram a usá-la após o fim da Segunda Guerra Mundial, para instigar medo e ódio.
O porta-voz da polícia, Thomas Leipold, disse que os oficiais foram alertados na noite de quarta-feira, 5, quando um homem relatou que notou a forma de uma suástica aplicada em um líquido avermelhado no capô de um carro estacionado. A polícia realizou um teste e confirmou que a substância era sangue humano. A polícia disse que, ao todo, quase 50 carros foram vandalizados de maneira semelhante.
“O contexto é completamente incerto”, disse Leipold, acrescentando que os investigadores não sabiam se carros, caixas de correio e prédios específicos foram escolhidos ou se as suásticas foram aplicadas aleatoriamente. Outras pichações não identificadas foram encontradas em veículos e prédios da cidade.
Ainda não há informações sobre a autoria e a origem do sangue. As autoridades da cidade afirmam não ter conhecimento de ferimentos que possam estar relacionados com os incidentes. Por ora, o crime é investigado como danos à propriedade e o uso de símbolos de organizações inconstitucionais.
Em fevereiro de 2020, Hanau esteve nas manchetes do noticiário internacional por conta de um atentado. À época, um extremista alemão, identificado como Tobias R., deixou um manifesto contra estrangeiros e pessoas não brancas, e fez vários disparos em dois bares onde os frequentadores fumavam narguilé. Dos nove mortos, cinco eram de origem turca. Tobias foi encontrado morto ao lado do corpo da mãe, que também foi assassinada por ele.
Fonte: estadão





