Após meses de discussão e uma votação no plenário do Congresso para adotar o voto impresso auditável, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso anunciou que serão adotadas medidas para tornas as urnas eletrônicas e o processo eleitoral “ainda mais” transparentes.
“Nós estamos tomando novas providências para ampliar a transparência e publicizar ainda mais os mecanismos de auditoria”, anunciou Barroso, dois dias depois da Cãmara dos Deputados rejeitar a proposta de emenda constitucional (PEC) que previa a adoção do voto impresso auditável, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro.
Barroso disse que apesar do tema ter ficado “para trás”, as novas ações do TSE visam dar esclarecimentos às pessoas de “boa fé”. “Mas como diz de respeito e consideração às pessoas de boa-fé, nós estamos aumentando ainda mais transparência e publicizando os mecanismos de auditoria e convidando os partidos e interessados a participarem de cada passo”.
As medidas anunciadas foram: a ampliação do tempo, para um ano antes do pleito, em que o código-aberto das urnas ficará disponível para partidos e técnicos; o convite para que partidos participem da inseminação do programa nas urnas; a criação de uma comissão externa composta por pessoas da sociedade civil e instituições públicas para fiscalizar cada etapa do processo.
“Não há como fraudar o programa, uma vez lacrado. E nós queremos fazer isso com a participação e na frente de todos os partidos políticos, além do Ministério Público e da Polícia Federal, que já participam normalmente desse momento”, acrescentou Barroso.
A Tarde