Idosos que tomaram a pílula apresentaram menores quantidades de glóbulos brancos associados ao declínio do sistema imunológico
Os primeiro passo na luta contra o envelhecimento foi dado pelos cientistas. A revista Science Translational Medicine publicou em sua edição mais recente um estudo, conduzido no Instituto de Pesquisa Biomédica da farmacêutica Novartis, em que pesquisadores demonstram que um medicamento experimental pode fortalecer o sistema imunológico dos idosos, ajudando-os a combater infecções, como a gripe.
O alvo dessa droga é uma região do DNA que está ligada ao envelhecimento e ao sistema imunológico. A droga é uma versão do medicamento rapamicina, que faz parte dos inibidores de mTOR (nome dado a uma via genética que, embora promova o desenvolvimento saudável entre jovens, parece ter um efeito negativo sobre a saúde com o avanço da idade). Os primeiros estudos foram realizados com animais e mostraram que essas drogas podem mesmo prolongar a vida e evitar doenças que aparecem comumente na velhice.
A pesquisa é pioneira na confirmação da tese de que o envelhecimento pode ser retardado em seres humanos. Cerca de 200 pessoas com mais de 65 anos participaram da pesquisa, sendo divididas em dois grupos: um que ingeriu o medicamento ao longo de seis semanas e outro que não. Após esse período, os dois grupos tomaram uma vacina contra gripe e os idosos que tomaram o medicamento desenvolveram 20% a mais de anticorpos contra a gripe do que os que ingeriram placebo.
Outro resultado percebido foi que os voluntários que ingeriram o medicamento apresentaram menores quantidades de glóbulos brancos associados ao declínio do sistema imunológico. Entretanto, esse é apenas um primeiro passo para se chegar a um medicamento que reverta os danos do envelhecimento. A partir de agora, novas pesquisas devem ser feitas até que esse medicamento possa ser utilizado na prática clínica.