21 de outubro de 2025
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Governadores repudiam falas que estigmatizam o Nordeste e defendem pacto federativo solidário

Governadores do Nordeste manifestaram repúdio às declarações recentes do governador de Minas Gerais, que desqualificam a contribuição do Nordeste ao Brasil e reforçam estigmas históricos já superados pela força do povo nordestino.

A Bahia, integrada ao Consórcio Nordeste, soma-se à manifestação divulgada por meio de nota pública, nesta sexta-feira (29).

O documento expõe a verdade dos números e desmente a narrativa apresentada: em 2024, 73% dos recursos do BNDES foram destinados ao Sul e ao Sudeste, enquanto o Nordeste recebeu apenas 10% do total.

Minas Gerais, sozinho, foi contemplado com quase a mesma soma destinada a todos os estados nordestinos juntos. O mesmo se verifica na renúncia fiscal, estimada em R$ 536,4 bilhões para 2025, dos quais mais da metade se concentra no Sudeste e no Sul. Quanto ao endividamento estadual, 92% da dívida está nestas regiões, enquanto o Nordeste responde por apenas 3% do passivo.

Esses dados não apenas desmontam a falácia de que o Nordeste viveria de “privilégios”, como também evidenciam a concentração histórica de investimentos no eixo Sul-Sudeste — desde o ciclo do ouro, passando pela industrialização subsidiada do século XX, até as atuais políticas de crédito. O Nordeste nunca buscou esmolas: luta, há décadas, por oportunidades justas de desenvolvimento e por políticas que valorizem suas potencialidades.

Também é preciso defender programas sociais como o Bolsa Família e o BPC, que não representam dependência, mas sim dignidade, proteção social e dinamização da economia local. Cada real destinado às famílias de baixa renda movimenta o comércio, a agricultura familiar e os serviços, fortalecendo a cidadania e a economia baiana e nordestina.

O Governo da Bahia se manifesta contrário e vigilante a toda forma de racismo, xenofobia e estigmatização regional. O Nordeste não aceitará ser transformado em bode expiatório de disputas eleitorais: nossa cidadania é indivisível e exige respeito, com políticas públicas pautadas em dados e evidências, não em preconceitos e estereótipos.

O Brasil precisa de cooperação federativa, respeito e compromisso com a verdade. Dividir o país em regiões “fortes” e “fracas” é prática que fragiliza a democracia e empobrece o debate.

Ascom

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