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Em evento, presidente afirma que está cansada de desleais e traidores

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A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (10) que está cansada de ‘desleais’ e ‘traidores’. Ao participar da cerimônia de lançamento da 4ª Conferência Nacional de Política para as Mulheres, em Brasília, ela também voltou a dizer que ‘jamais’ passou pela sua cabeça renunciar e que honrará os 54 milhões de votos que recebeu.

O discurso da presidente ocorreu um dia antes de o plenário do Senado votar relatório favorável à abertura do processo de impeachment de Dilma. Caso o parecer seja aprovado, com no mínimo 41 votos dos 81 senadores, a presidente deverá ser afastada do cargo por até 180 dias. No caso de afastamento, o cargo dela será assumido pelo vice-presidente da República, Michel Temer.

“Quero dizer a vocês que não estou cansada de lutar. Estou cansada dos desleais e dos traidores. Tenho certeza que o Brasil também está cansado dos desleais e traidores, e é esse cansaço que impulsiona a minha luta cada dia mais”, afirmou.

Mais uma vez, Dilma disse ser vítima de “golpe” liderado por duas pessoas. “Temos de dar nomes aos bois. Este é um processo [de impeachment] conduzido pelo ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e pelo vice-presidente [Michel Temer]. Os dois proporcionaram ao país esta espécie moderna de golpe, um golpe feito rasgando a nossa Constituição”, declarou.

O discurso da presidente foi interrompido em diversos momentos por gritos de apoio a ela das mulheres que estavam presentes no evento. Ligadas a movimentos sociais, as mulheres entoaram gritos como “no meu país eu boto fé porque ele é governado por mulher”, “não vai ter golpe, vai ter luta” e “mulheres na rua, a luta continua”.

No evento, Dilma voltou a afirmar que é vítima de injustiça. “A história vai mostrar como o fato de eu ser mulher me tornou mais resiliente, mais lutadora. Queriam que eu renunciasse, e jamais passou a renúncia pela minha cabeça. Só pela cabela deles, não pela minha. Por que falo isso? Porque sou uma figura incômoda. Sou incômoda porque enquanto eu permaneço de pé, de cabeça erguida, honrando mulheres, ficará claro que cometeram contra mim uma inominável injustiça”, completou.

Violência contra a mulher

Ao participar da conferência, a presidente também afirmou que o processo de impeachment dela representa uma “violência” contra a mulher e um “preconceito” contra a população feminina. Ela acrescentou que “honrará” as mulheres brasileiras porque elas são capazes de resistir e enfrentar.

“A história ainda vai dizer o quanto da violência contra a mulher, o quanto de preconceito contra a mulher tem neste processo de impeachment golpista. Sabemos que um dos componentes deste processo tem sempre uma base no fato de eu ser a primeira mulher presidenta eleita pelo voto popular no Brasil”, declarou a presidente.

Discursos de apoio a Dilma

Antes de a presidente discursar, a primeira oradora do evento foi a secretária especial de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, que avaliou que o momento político que o país enfrenta “não está fácil”. Ao citar o atual cenário de crise, ela acrescentou que há “riscos” para a democracia e que é preciso ter o coração “valente” para “lutar”.

“As mulheres da minha geração, na década de 1960, deram a vida para que pudéssemos estar aqui. E é por isso que faço aqui uma homenagem a uma mulher que foi presa, torturada, viu companheiras sangrarem e darem a vida pela luta democrática, pelos direitos e pela justiça e nem por isso as entregou, assim como não se entregará agora”, afirmou, ao se referir à presidente Dilma.

Em seguida, o presidente da Organização dos Estados Americanos, Luis Almagro, que já havia se reunido com Dilma mais cedo no Planalto, afirmou que a entidade quer que o continente respeite os direitos humanos. Ele ainda pediu a Dilma que tenha “coragem” e que “lute” porque é um “exemplo para todas as mulheres”

Do G1, em Brasília

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