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25 de abril de 2024
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Capitão do Vitória fala sobre a fase do clube no Brasileirão

Willian Farias: “No Vitória, me senti em casa de verdade”

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No início do ano, o Leão decidiu apostar em Willian Farias para ser seu novo xerife. De início, o volante, de 27 anos, discreto em campo, era notado mais pelo visual oposto ao comum para a posição: loiro e barbudo, era mais um ‘boa pinta’ do que um ‘cara de mal’. Foi assim, na base da simplicidade e do carisma, que ele ganhou a torcida. Com lances de entrega pelo time e absoluta regularidade, recebeu, no último mês, a faixa de capitão do técnico Vágner Mancini. Agora, já é comparado a Vanderson, um dos ídolos rubro-negros. Nessa entrevista exclusiva, o volante fala da responsabilidade e da receptividade da torcida.

A torcida anda em dúvida, mas qual a sua opinião: quem é mais ‘pitbull’ na marcação, você ou Amaral?

Com certeza, o Amaral! Quando eu cheguei aqui ele já era o ‘Pittbull’ e ainda continua sendo. A gente sabe o quanto ele marca bem e qual é a função dele.

Você deixou o Cruzeiro um tanto desacreditado, estava sem espaço por lá, mas o Vitória apostou em você e hoje você é um dos pilares do time. Como você encara essa volta por cima? O que fez a diferença aqui no Vitória?

Na verdade, as pessoas não acreditavam em mim quando eu saí do Cruzeiro. Eu não tive lá muitas oportunidades ou sequência, sobretudo em 2015, porque até joguei bastante em 2014. Me atrapalhou também porque foi um ano em que eu tive algumas lesões, cirurgia, e como o Cruzeiro é um clube que tem muitos jogadores e que tem como contratar a qualquer momento, é normal você perder espaço. Mas eu sempre acreditei no meu futebol e no meu potencial, e quando cheguei no Vitória todas as pessoas me trataram bem, fui muito bem recebido, me senti em casa de verdade e é  isso que  acho que fez com que eu crescesse e voltasse a ser o Willian que eu era antes.

Você teve muito destaque no Coritiba, mas o Vitória pode ser considerado o melhor momento da sua carreira?

No Coritiba tive destaque. Fiz 160 jogos com a camisa do clube e isso é muito difícil para um jogador que vem da base. Aqui no Vitória estou vivendo, sim, um momento muito bom, em que estou jogando em quase todas as partidas, com o Mancini optando por mim. Mas eu sempre acredito que o melhor momento ainda está por vir, para que eu possa melhorar. Essa é uma cobrança que faço sempre sobre mim mesmo, para que eu busque algo melhor para minha vida e família.

Em uma entrevista para um programa no Youtube, o técnico Vágner Mancini elogiou sua postura em campo e nos vestiários. Disse que era natural que você se tornasse capitão em breve. Você viu o programa? Como recebeu o elogio do chefe?

Na verdade eu não acompanhei isso e nem ouvi essa entrevista. Apenas posso dizer que quando o Mancini me deu essa oportunidade de ser o capitão, ele falou que era o momento, que era uma estratégia dele… Que como eu já tinha o respeito dos meus companheiros, da comissão técnica e da diretoria, ele optou por mim. Não que os outros atletas não  tinham isso, mas talvez seja uma característica minha de cobrança, de falar e orientar dentro de campo, e até mesmo da posição que jogo, de volante, possa ter pesado também.

Já tinha sido capitão na vida? Como tem sido a experiência como capitão?

Já tinha sido, sim. Fui na base do Coritiba e também nos profissionais, em algumas partidas. Depois fui em um jogo do Cruzeiro, no Campeonato Mineiro. É um orgulho para mim, porque você se torna uma referência. Ao mesmo tempo, é algo que te dá também mais responsabilidades… Eu nunca fugi delas e vou fazer sempre o meu  melhor aqui no Vitória para que o grupo e o clube estejam bem.

O Vitória começou bem o ano, com o título do Baiano sobre o rival, mas agora tem sofrido na Série A. O que tem atrapalhado o time?

Até umas quatro rodadas atrás, a nossa equipe vinha jogando bem,  mas infelizmente os resultados não nos ajudavam. A gente não conseguia fazer com que os bons jogos que fazíamos se transformassem em vitórias. Isso gerou uma pressão grande para nós por resultados. Creio que isso tenha realmente nos atrapalhado, mas vejo também que com uma melhor sorte a gente possa se recuperar no decorrer da competição.

Você não é um cara de marcar muitos gols. Inclusive, há 15 dias, acabou com um jejum de quase 4 anos sem balançar a rede. Como foi a sensação?

Nunca fui de fazer muitos gols, haja visto esse jejum aí que eu nem sabia, para dizer a verdade, porque minha função em campo é outra, ajudando a equipe taticamente, na marcação, no posicionamento… Mas a sensação é ótima. O gol é  que o grupo todo está buscando quando a gente está em campo, o futebol é movido pelo gol, então  espero que eu possa errar mais chutes como errei aquele (risos).

Como você encarou ao longo da sua carreira esse papel de jogar pelo time, sem brilhar muito com gols, dribles etc.?

Eu encaro com naturalidade, porque futebol é um esporte coletivo e cada um tem a sua função. Se cada um fizer o que é determinado, creio que é isso que faz uma equipe ter sucesso. Então, eu roubar uma bola, dar um carrinho, acertar um bom passe ou lançamento, talvez seja esse o meu gol. Eu comemoro e me cobro para que isso venha acontecer sempre, porque essa é a minha função em campo, como se diz na gíria, a parte ‘suja’, que é a marcação… Carregar o piano, não aparecer tanto e ajudar o time a vencer. Fico feliz se isso ajuda meu time a ganhar.

Aqui no Vitória já houve Vanderson, um volante que não aparecia tanto no ataque, mas tornou-se ídolo porque jogava com garra e jogava coletivamente. Percebe esse carinho da torcida contigo também?

Percebo, sim. Hoje em dia você tem muito contato com as pessoas por causa das mídias sociais. Eu até não conhecia o Vanderson, e aí eu vi muitos torcedores me comparar com ele, falando em ‘Novo Vanderson’. Como é uma comparação boa, eu vou acatar com felicidade. Estou aqui para ajudar e fazer com que o clube cresça e ganhe partidas.

Você gosta de dar carrinho?

Não é que eu goste de dar carrinho, é que é importante, é uma maneira de marcar e de chegar antes que outro jogador em uma bola. É muitas vezes uma jogada que o adversário não espera. É lógico que o carrinho é uma última opção, mas sempre que necessário, desde que seja para roubar a bola e não fazer falta… E como não gosto de perder nenhuma jogada, vou usá-lo.

Está confiante de que o Vitória vai escapar do rebaixamento? O que você acha que o time pode fazer mais? Se entregar mais? Contratar mais?

Tenho total confiança de que o Vitória vai crescer na tabela e vai terminar o ano tranquilo, já que é esse o nosso objetivo e não brigamos por muita coisa na competição a não ser por isso. Eu confio muito na equipe, temos um bom grupo, unido, e que às vezes até a gente fala que a todo mundo se dá bem demais…  Não há nada que possa atrapalhar. Mas acredito que a gente possa, sim, trabalhar mais, ajudar mais, se unir mais… unindo  elenco,  diretoria, torcida e comissão técnica, esses quatro pilares aí, acredito que a gente possa ter sucesso. O importante é que hoje só dependemos de nós no torneio.

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