Oposição acredita que o PT teria optado por fazer a indicação nesta sexta-feira (22) para postergar os trabalhos da Casa
A liderança do PT, partido da presidente Dilma Rousseff, no Senado indicou durante a manhã desta sexta-feira (22), último dia do prazo concedido pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), os nomes do bloco do partido para a comissão especial que vai analisar o processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff. Como só faltava o grupo formado pelo PT e PTB indicar os nomes, a comissão que conta com 21 senadores, está completa.
Os nomes apresentados pelos partidos ainda vão passar por um processo de ratificação no plenário do Senado, em eleição marcada para a próxima segunda-feira (25). A distribuição das cadeiras na comissão é realizada de acordo com o tamanho das bancadas dos blocos partidários. O Bloco de Apoio ao Governo, formado por PT e PDT, terá quatro titulares e quatro suplentes.
Os senadores indicados pelo grupo formado pelo PT e pelo PDT para serem membros titulares da comissão são: Gleisi Hoffmann (PT-PR), Lindbergh Farias (PT-RJ), José Pimentel (PT-CE) e Telmário Mota (PDT-RR). Os suplentes são: Humberto Costa (PT-PE), Fátima Bezerra (PT-RN) e Acir Gurgacz (PDT-RO).
O PT optou por formalizar os nomes no último dia do prazo, para impedir que a comissão do impeachment começasse com os trabalhos nesta semana. A ideia do grupo governista é postergar ao máximo o andamento do colegiado.
Como possui a maior bancada, o PMDB indicou o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) para presidir a comissão. O PSDB, por integrar o segundo bloco partidário com mais senadores, disse que vai que indicar o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) para concorrer à relatoria.