24.7 C
Remanso, BR
29 de abril de 2024
Remanso News
  • Home
  • Brasil
  • Governo aumenta tributação de álcool importado usado na gasolina
Brasil

Governo aumenta tributação de álcool importado usado na gasolina

O governo lançou nesta quarta-feira (11) uma MP (Medida Provisória) que retira a desoneração tributária do álcool anidro importado por distribuidores. O produto é usado na mistura da gasolina.

A reoneração foi inserida no texto que altera regras do setor em diferentes frentes. Segundo o governo, ela tem como objetivo “equalizar a incidência tributária entre o produto nacional e o produto importado”.

A medida é tomada em um momento de escalada inflacionária da gasolina. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a elevação do preço do combustível acelerou em julho e já mostra um avanço de 27% no acumulado de 2021. O valor do etanol cresceu 34% no mesmo intervalo e o do diesel, 25%.

A MP desta quarta tem outras mudanças. O texto libera postos com bandeira de uma marca (como Shell, Ipiranga ou BR) a venderem combustíveis também de outra.

Além disso, autoriza produtores de etanol a destinarem o produto diretamente aos postos, sem necessidade da intermediação de um distribuidor.

Para não haver perdas de receitas públicas nesse ponto, o texto prevê que as alíquotas aplicáveis à venda direta serão o resultado da soma das alíquotas atualmente aplicadas ao produtor e ao distribuidor.

Em seu conjunto, a medida afeta principalmente empresas que atuam somente na distribuição dos combustíveis. De acordo com o governo, as mudanças com a MP têm como objetivo flexibilizar o setor, estimular a concorrência e diminuir os preços pagos pelo consumidor.

A MP foi oficialmente lançada em cerimônia no Palácio do Planalto nesta quarta, com a participação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e com destaque ao trecho que permite a venda direta de etanol e aos combustíveis de diferentes marcas nos postos. A íntegra do não havia sido publicada até o fechamento deste texto.

“A grande maioria dos usineiros sempre foi favorável à venda direta”, disse Bolsonaro em seu discurso.

Em 2020, quando abraçou a ideia, Bolsonaro disse que a venda direta representaria uma redução de R$ 0,20 por litro no preço do etanol, conta que é questionada pelo mercado de combustíveis.

A escalada dos preços dos combustíveis, que atingiram valores recordes em 2021, tem impactado a popularidade de Bolsonaro, que já cortou impostos federais sobre diesel e gás de cozinha, mas sem resultados no preço final dos produtos.

Bolsonaro aproveitou o ato no Planalto para criticar políticas de tributação de governadores. De acordo com o presidente, a cobrança de ICMS pelos chefes de Executivo nos estados tem impossibilitado a redução de preços de combustíveis e do gás de cozinha.

Com a MP, o governo se antecipa a uma consulta pública da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) sobre o tema.

Os encontros para discutir o tema tiveram fortes embates entre as empresas do setor e culminaram com uma liminar obtida pelo Sindicom (Sindicato das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes) suspendendo parcialmente o processo.

No pedido de liminar, o sindicato que representa as grandes distribuidoras alega que o tema foi discutido sem participação popular e que teve dificuldade de acesso a informações. A juíza federal Carmem Silva Lima de Arruda suspendeu o processo até que a ANP garanta acesso a todos os documentos.

As distribuidoras que se opõem à medida alegam que realizam investimentos nos postos e que a mudança abriria maior mercado a empresas que operam de forma irregular, seja com sonegação de impostos, seja com a venda de produtos de má qualidade.

Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, afirmou nesta quarta que medidas que promovam a abertura do setor devem atrair novas empresas. “Com a efetiva abertura do setor de combustíveis no Brasil após 20 anos, espera-se que a partir de 2022 até oito novos agentes passem a atuar no segmento de refino de petróleo, competindo entre si, com a Petrobras e importadores”, afirmou.

O ministro, assim como o presidente, também cobrou dos governadores mais transparência e previsibilidade na cobrança de impostos sobre combustíveis e afirmou que os tributos dos entes representam uma fatia de pelo menos 14% dos preços de produtos como gasolina, diesel, etanol e gás de cozinha.

Ele ainda lembrou de um projeto do governo, estacionado no Congresso, que altera as regras de ICMS aplicados sobre combustíveis. Para o ministro, a forma de cobrança dos estados (sobre o preço, e não sobre o litro) tira a previsibilidade da tributação.

Folhapress

Posts relacionados

Apresentador Marcelo Rezende é internado em São Paulo

Redação Remanso News

Ministério questiona Rondônia sobre desvio de 8.805 doses de vacina

Redação Remanso News

Governo Federal reabre prazo para emissoras AM pedirem migração para FM

Redação Remanso News

Projeção de rombo nas contas públicas em 2023 vai a R$ 177,4 milhões

Redação Remanso News

Taxa de conveniência na venda online de ingressos é ilegal, decide STJ

Redação Remanso News

Bolsonaro anuncia que Ministério do Trabalho será extinto

Redação Remanso News

Deixe um comentário