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Semear parceria para colher inovação – Novo modelo de projeto aproxima Embrapa e setor produtivo no Nordeste

A Embrapa Semiárido (Petrolina-PE) vem apostando na inovação aberta como estratégia para a geração de tecnologias mais alinhadas às demandas do setor produtivo regional. São quatro os projetos desse tipo em execução, voltados ao desenvolvimento de ativos nas cadeias da manga, enologia e capriovinocultura. Com esse modelo de atuação, a Unidade consegue trabalhar temas de interesse mútuo no propósito de gerar soluções de mais impacto e valor para as cadeias do agro nacional.

O processo de inovação aberta na Embrapa segue a lógica ganha-ganha, em que a Empresa avança nas suas pesquisas ao mesmo tempo em que o parceiro obtém um produto, processo ou serviço direcionado a um problema específico do setor. Com isso, os pequenos, médios e grandes empresários e produtores rurais conseguem participar do processo de desenvolvimento tecnológico, negociando recursos financeiros, intelectuais e de infraestrutura.

A diferença em relação aos outros tipos de parcerias está no compromisso de adoção direta da tecnologia (ativo) pelo setor produtivo, que além de partilhar os ganhos, também deve dividir os riscos do processo. Isso porque os resultados atingidos podem não ser os esperados.

Para a Chefe Adjunta de Inovação da Embrapa Semiárido, Lúcia Kiill, os projetos de inovação aberta vão ajudar a dinamizar a pesquisa agropecuária. ‘A Embrapa Semiárido tem um portfólio de tecnologias em diferentes níveis de maturidade que podem ser trabalhadas em projetos de cocriaçao e codesenvolvimento. Queremos ampliar essa atuação, visando licenciar e transferir mais ativos e conhecimento para o setor produtivo e sociedade brasileira’, completa.

Conheça mais sobre esses projetos: Acesse arte AQUI

Fortalecimento da Vitivinicultura no Nordeste

Projeto: Intervenções enológicas para a produção de vinhos e espumantes de alta qualidade no Agreste de Pernambuco

Parceiro: M&M Agroindústria da Uva

Pesquisadora: Aline Telles Biasoto Marques

Prazo de execução: 24 meses

Proposta de Valor: Consolidar uma nova região vitivinícola no Nordeste, com vinhos tropicais de altitude produzidos na cidade de Garanhuns, agreste Pernambucano. O município de clima ameno já é conhecido pelo seu Festival de Inverno, com potencial para se tornar um novo centro de enoturismo no país.

Ativos: Validação de processos de envelhecimento de vinho com chips de carvalho americano e francês, uma forma rápida e barata de proporcionar à bebida características de um vinho de guarda. A técnica também pode aumentar a estabilidade e melhorar a qualidade sensorial do vinho, além de proporcionar maiores teores de compostos bioativos com capacidade antioxidante. Outro ativo trabalhado envolve o processo de clarificação do vinho branco com diversos agentes. A formulação desenvolvida na Embrapa Semiárido está sendo avaliada para aplicação em escala industrial. Também estão sendo elaborados espumantes pelo método Champenoise, técnica tradicional que proporciona um espumante de excelente qualidade sensorial e com maior valor agregado.

Mais qualidade para a manga do Vale do São Francisco

Projeto: Uso da espectroscopia Vis-NIR para determinar a maturação de colheita e predizer desordens fisiológicas em mangas de forma não destrutiva

Parceiro: AGRODAN

Pesquisador: Sérgio Tonetto de Freitas

Prazo de execução: 18 meses

Proposta de Valor: Viabilizar soluções técnicas e científicas para garantir alta qualidade de consumo da manga produzida na região do Vale do São Francisco.

Ativos: A espectroscopia Vis-NIR vem sendo avaliada pela Embrapa para monitorar e identificar o estádio ideal da colheita de mangas no Vale do São Francisco, determinando a maturação dos frutos de forma rápida e não destrutiva. Esta tecnologia também tem apresentado um alto potencial para identificar frutos com e sem desordens fisiológicas internas, possibilitando a comercialização sem “defeitos” na polpa. A parceria resultará na identificação de espectrômetros Vis-NIR portáteis de baixo custo com precisão adequada para o monitoramento da qualidade dos frutos e determinação do momento ideal de colheita, bem como a definição da faixa ideal de matéria seca em que devem ser colhidas diferentes cultivares de manga do Vale, garantindo a alta aceitação dos frutos pelos consumidores. Também está sendo avaliado o potencial de uso de espectrômetros Vis-NIR para prever na colheita e identificar nos frutos maduros a presença de desordens fisiológicas internas.

Ampliação dos mercados da manga de exportação

Projeto: Manejo da produção de mangueira ‘Kent’ visando o mercado externo do primeiro semestre

Parceiro: AGRODAN

Pesquisadora: Maria Aparecida do Carmo Mouco

Prazo de execução: 24 meses

Proposta de Valor: Atender a demanda do setor produtivo da mangicultura de exportação do Vale do São Francisco, viabilizando um sistema de manejo para a produção da cultivar Kent nos meses de março e abril, quando se abre uma janela de oportunidade quase sem concorrentes para a manga nacional.

Ativo: Um sistema de manejo para a cultivar Kent que permita a produção no primeiro semestre, tendo em vista o mercado externo. O trabalho irá adequar um manejo com uso de reguladores vegetais, ajuste da nutrição e irrigação para a cultivar visando a produção de frutos entre março e abril, com a qualidade requerida pelo mercado internacional. As principais dificuldades para a produção nesse período, em condições semiáridas, envolvem a floração nos meses mais quentes do ano e a fase de maturação da manga, na pré-colheita, que acaba ocorrendo em época com altos índices pluviométricos na região do Vale do São Francisco.

Inovação social para a capriovinocultura no Semiárido

Projeto: Estratégias para o aumento da eficiência produtiva, reprodutiva e da qualidade dos produtos lácteos de caprinos e ovinos no semiárido.

Parceiro: COOPONTAL – Cooperativa de Desenvolvimento Agropecuário e Extrativista do Pontal

Pesquisador: Daniel Maia Nogueira

Prazo de execução: 36 meses

Proposta de Valor: Disponibilizar práticas eficientes para o manejo produtivo e reprodutivo de caprinos e ovinos no Semiárido brasileiro, buscando a maior fertilidade, sobrevivência de crias, aumento da produção de leite e diminuição dos custos de criação.

Ativos: A tecnologia se caracteriza como uma prática de manejo que aumenta a eficiência produtiva e reprodutiva de caprinos e ovinos com o uso de suplementação alimentar de curta duração (nove dias), promovendo a redução dos custos financeiros em até 40%, quando comparada a suplementação alimentar de longa duração. A estratégia está sendo validada junto ao setor produtivo, por meio de projeto de inovação social, em que o parceiro entra com a infraestrutura física e a Embrapa com os recursos financeiros para o avanço tecnológico do ativo.

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