A greve dos bancários chega nesta quinta-feira ao 17 dia. No início da terceira semana de mobilização, foram 12.496 agências fechadas e 40 centros administrativos em 26 Estados e no Distrito Federal, de acordo com levantamento feito pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e divulgado nessa segunda-feira.
Em Porto Alegre, o número de unidades paralisadas chegou a 415 na mesma data, conforme o SindBancários (Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região). Os profissionais se reuniram em assembleia nessa segunda-feira para traçar os próximos passos do movimento grevista. As principais atividades dos bancários gaúchos buscarão defender o Banrisul como banco público.
Fenaban
A categoria estava sem qualquer proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Na noite dessa segunda-feira, a entidade entrou em contato com a Contraf-CUT para chamar o Comando Nacional dos Bancários para uma nova rodada de negociação da Campanha 2015. A reunião será realizada nesta terça-feira, às 16h, em São Paulo (SP), no Hotel Maksoud Plaza.
Reivindicações
A Contraf-CUT credita os lucros elevados das cinco maiores instituições financeiras do País como um dos motivos para a deflagração da greve. Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Itaú, Bradesco e Santander alcançaram, juntos, um resultado de 36,3 bilhões de reais apenas no primeiro semestre de 2015. Isso representa um crescimento de 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
As reivindicações da categoria englobam reajuste salarial de 16% (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real) e piso de 3.299,66 reais (equivalente ao salário mínimo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos em valores de junho). Também fazem parte da lista vales alimentação e refeição, auxílio-creche/babá, melhores condições de trabalho e planos de cargos, carreira e salários
Direto de Brasilia