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Bahia tem 142 municípios com risco de surto de dengue, zika e chikungunya

De acordo com os dados do novo Levantamento Rápido de Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (Liraa), do Ministério da Saúde (MS), 142 municípios baianos estão em risco de surto de dengue, zika e chikungunya, 178 estão em alerta e 95 estão com situação satisfatória. A classificação é apontada por meio do índice de infestação predial (IIP), que acima de 4 representa risco. O número satisfatório é até 1.

Com índice de 28,6, o município de Itiúba possui o maior IIP de todo o país. Salvador, com IIP de 1,8, está fora da lista de risco, mas na faixa de alerta. Os números do MS são quase os mesmos do boletim epidemiológico de arboviroses realizado em março deste ano pela Secretaria da Saúde (Sesab), quando 141 municípios estavam em situação de risco. Pelo levantamento do MS, o armazenamento de água no nível do solo, como em tonel e barril, foi o principal tipo de criadouro no Nordeste.

Segundo dados da Sesab, de janeiro a março deste ano,  foram 11 registros de ocorrência simultânea das três arboviroses em 11 municípios. Ainda de acordo com o órgão, houve redução de 93,7% dos casos notificados de chikungunya, se comparado ao mesmo período de 2017 (5.197 casos). Com relação aos casos notificados de zika, na mesma comparação, houve redução de 81,19%, ante os 1.069 casos registrados em 2017.

Também caíram os números dos casos notificados de dengue, de 4.349 casos de janeiro a março de 2017 para 1.244, em uma redução de 71,4%. De acordo com a assessoria da Sesab, as ações de combate às arboviroses são definidas pelos municípios. No momento, segundo o orgão, não há campanha de prevenção. “A Sesab sempre solicita e recebe verbas do Ministério da Saúde. Os municípios recebem diretamente as verbas do ministério”, diz a Sesab, em nota. No portal do MS, o órgão destaca que tem garantido o orçamento crescente dos municípios. Segundo o MS, o volume de recursos para as ações de vigilância em Saúde passou de R$ 924,1 milhões em 2010 para R$ 1,94 bilhão em 2017.

Na capital baiana, o Liraa realizado entre os dias 9 e 13 de abril, pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), revelou que dos 12 distritos sanitários de Salvador somente o de Brotas possui índice satisfatório (0,7). Dez estão na faixa de alerta, e o distrito do subúrbio ferroviário apresenta índice de risco (5,0), sendo o bairro de Fazenda Coutos o que possui maior índice de infestação (10,1).

Com isso, de acordo com a assessoria da SMS, dentre as ações para diminuição do IIP estão mutirões de limpeza em bairros prioritários, em parceria com a Empresa de Limpeza Urbana de Salvador (Limpurb); visitas a residências, trabalhos de manejo ambiental, limpeza, remoção e descarte de lixo ou outros materiais que possam se tornar criadouros.

O levantamento feito pela SMS havia apontado que o IIP da capital baiana, naquele período, havia passado de 1,8 para 2,7. Por outro lado, o número de casos confirmados de dengue, zika e chikungunya, entre janeiro e abril, teve redução quando comparado ao mesmo período de 2017.

Segundo a SMS, entre janeiro e abril deste ano, 704 casos de dengue foram notificados, contra 1.075 no mesmo período de 2017. Em relação à zika, o registro foi de 36 suspeitas de infectados até abril, ante  135 no ano anterior. No caso da chikungunya, foram 29 ocorrências sob suspeita contra 118 notificações nos primeiros quatro meses do ano passado.


VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA AFIRMA QUE HÁ ERRO DE CÁLCULO

Municípios baianos como Itiúba e Senhor do Bonfim estão no topo de uma lista divulgada pelo Ministério da Saúde como as localidades com o maior índice de infestação predial de larvas do Aedes aegypti, de acordo com o Levantamento Rápido de Índices de Infestação (Liraa), o que os deixa em situação de risco para doenças transmitidas pelo mosquito.
A cidade de Itiúba (a 371 km de Salvador) é a primeira no Brasil e consta na lista com 28,6% das casas com larvas do mosquito. Mas, segundo a coordenadora de Vigilância Epidemiológica, Rosane Dias, houve erro na execução dos cálculos.
“Estamos refazendo e vamos encaminhar ofício ao Ministério da Saúde, comunicando que esses números não são reais” disse. Ela salientou que no último levantamento, o índice ficou em 3,6% e que medidas para redução estão sendo adotadas.
Sobre as principais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, ela afirmou que, embora tenha havido seis casos suspeitos de dengue, dois de zika e dois de chikungunya, nenhum foi confirmado este ano. “Ainda não ouvi falar de alguém com dengue, zika ou chikungunya em Itiúba”, disse a estudante Fernanda Vargas, 20, acrescentando que em anos anteriores soube de casos suspeitos.
Com 22,2% de infestação predial, Senhor do Bonfim (a 389 km de Salvador) está na 5ª colocação entre os municípios brasileiros com os maiores índices. De acordo com o coordenador da Vigilância Epidemiológica, Marlon Reis, os números estão altos porque em alguns bairros existem muitos depósitos de água, devido à distribuição irregular.
“Desenvolvemos todas as ações necessárias, desde a conscientização e o combate aos focos de larvas nas casas até a pulverização de inseticidas com as bombas costais”, afirmou, enfatizando que 98% dos focos estão dentro das residências.
Ele reconheceu que os números apontam alto risco para a ocorrência de surtos e disse que outras ações também já foram adotadas, como mutirões de limpeza e faxinaço. Acerca das doenças transmitidas pelo mosquito, Reis lembrou que, em 2015 e 2016, a cidade teve um surto de dengue com 182 e 256 casos confirmados respectivamente. Este ano, apenas um caso foi confirmado. No mesmo período, os casos confirmados de zika foram 5 e 10 respectivamente. Em 2018, nenhum caso foi confirmado, segundo o coordenador da vigilância epidemiológica de Senhor do Bonfim.
O 12º município brasileiro com maior índice de infestação é Caldeirão Grande, com larvas encontradas em 19,3% das casas visitadas.
Os demais municípios baianos que estão na lista são Jaguaquara, com 18,3%; Wagner e Cafarnaum, com 18,1%; e o município de Valente, com 18%.
Por Miriam Hermes/ A Tarde

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