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Estatísticas vitais dos cartórios foram impactadas pela pandemia

Com a escalada diária no número de vidas perdidas por conta do novo coronavírus, quem acompanha as notícias tem a sensação de que ‘nunca se morreu tanta gente no país’. Não é apenas uma impressão: no primeiro semestre de 2021, os cartórios de registro de pessoas naturais de todo o Brasil viram um grande impacto nas estatísticas. Nos últimos seis meses, as repartições tiveram a menor diferença entre nascimentos e óbitos já vista no país. De janeiro a junho deste ano, foram 1.325.394 novas vidas em solo brasileiro, média 10% menor do que a registrada desde o início da compilação dos dados estatísticos dos cartórios, em 2003. Enquanto isso, o Brasil alcançou a pior média de óbitos da história para um período de seis meses: foram 956.534 falecidos neste ano até o fim de junho. A diferença também foi sentida na Bahia. De janeiro até junho de 2021, foram 93.158 nascimentos e 54.825 mortes, de acordo com dados compilados pela reportagem no Portal da Transparência dos Cartórios de Registro Civil.

Mais mortes

O desastre que a covid-19 representa, ceifando mais de 500 mil vidas brasileiras, foi determinante para a transformação nos dados cartorários, e deve influenciar fortemente na constituição das populações das cidades. “O Portal da Transparência vem sendo usado por toda a sociedade para ter um retrato fiel do que tem acontecido no País neste momento de pandemia”, explica Gustavo Renato Fiscarelli, presidente da Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais (Arpen).“Os números mostram claramente os impactos da doença em nossa sociedade e possibilitam que os gestores públicos possam planejar as diversas políticas sociais com base nos dados compilados pelos Cartórios”, completa. Num comparativo com o ano pré-pandemia feito pela reportagem, a alta nas mortes num semestre chama a atenção: em 2019, os cartórios da Bahia registraram 82.100 falecimentos. A covid-19 aparece como causadora de 22% das mortes de janeiro a junho de 2021, com 12.290 registros. Ou seja: de cada cinco baianos que faleceram nesse período, um foi vitimado pelo vírus.

Gravidez adiada

A pandemia também influenciou na redução dos nascimentos. Em abril, o Ministério da Saúde incluiu as grávidas e puérperas (que tiveram filhos recentemente) como um dos públicos prioritários da vacinação e recomendou enfaticamente o adiamento de uma nova gestação. “Neste momento do pico epidêmico, deve ser avaliada, como aconteceu no (caso do vírus) zika, em 2016, a possibilidade de postergar um pouco a gravidez para um melhor momento, em que se possa ter a gravidez de forma mais tranquila”, afirmou o secretário de Atenção Primária à Saúde Raphael Parente à época. A ascensão da mortalidade entre gestantes e o temor de passar o vírus para seus bebês fez com que muitas aspirantes à maternidade deixassem o sonho para depois da emergência. Porém, para o presidente da seção baiana da Arpen Daniel Sampaio, já havia uma tendência de adiamento do crescimento familiar. “O número ainda pode mudar, porque as partes têm até 15 dias após o nascimento para registrar as crianças“. Entretanto, a entidade acredita que a chegada de registros de novos baianos não deve alterar significativamente o cenário de queda nas estatísticas.

Tribuna da Bahia

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