
Descoberta recente da CBPM contribuirá para o desenvolvimento da mineração baiana
Em mais uma demonstração importante de capacidade técnica, a CBPM (Companhia Baiana de Pesquisa Mineral) anunciou, recentemente, a viabilidade de uma relevante descoberta capaz de contribuir, de maneira significativa, para o desenvolvimento da mineração: a Província Metalogenética do Norte do Estado da Bahia.
Resultante de extensos estudos realizados pela CBPM no ano passado, dentre os quais, o Levantamento Aerogeofísico, a descoberta desta nova província abrange a borda norte do Cráton de São Francisco, o que inclui municípios como, Remanso, Pilão Arcado e Campo Alegre de Lourdes, onde foram identificadas áreas com potencial para ferro-titânio-vanádio, níquel-cobre-cobalto, fosfato, ferro, ouro, metais base e terras raras.
Tamanha descoberta é de fundamental importância para o desenvolvimento socioeconômico dos municípios que compõem essa nova província, os quais podem ser beneficiados pela geração de emprego e renda. Outra boa notícia é que, futuramente, eles também passarão a contar com a arrecadação da CFEM (Compensação Financeira pela Exploração Mineral) – 60% do total da tributação.
“Estima-se que a área possa chegar a 100 quilômetros de extensão. A descoberta é fruto do importante e extenso trabalho desenvolvido na pesquisa mineral da CBPM garantindo ainda mais sucesso para a mineração da Bahia. Essa descoberta poderá transformar a Bahia no segundo estado mais bem colocado em produção mineral do Brasil”, destaca o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm.
Levantamento aerogeofísico
O Levantamento Aerogeofísico auxiliou a equipe de técnicos da CBPM para um melhor detalhamento das riquezas minerais presentes na região. Durante os trabalhos, foram descobertos cerca de 1,2 mil quilômetros quadrados de área, o que corresponde a mais de 6 mil quilômetros de dados aerogeofísicos. Um programa extensivo de sondagem para definir a real potencialidade da província será executado nos próximos dois anos.

A nova província descoberta pode chegar a uma área de 100 km de extensão, o que abrange municípios como Pilão Arcado, Remanso e Campo Alegre de Lourdes (Imagem: CBPM/Divulgação) |
Potencial promissor
“Os quatro primeiros furos já realizados caracterizaram a presença de novos corpos/níveis de rochas ultramáficas acamadadas e sulfetadas, onde sobrepõem-se zonas com enriquecimento supergênicos de níquel, cobre e cobalto, mostrando que esta província é do mais alto potencial exploratório e uma das mais promissoras para o futuro da CBPM”, explica o diretor-técnico da CBPM, Rafael Avena.
Dotados da mais alta tecnologia disponível no mercado, os levantamentos aerogeofísicos executados pela CBPM utilizam sistemas aerotransportados eletromagnéticos no domínio do tempo/magnetométricos, em caráter de semidetalhe/detalhe, instalados em helicópteros. Eles são capazes de coletar diversos conjuntos de dados que auxiliam na descoberta de novos depósitos minerais e podem subsidiar novos programas de exploração para o Estado da Bahia.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Angelo Almeida, trata-se de uma das maiores descobertas da última década. “A chegada de mineradoras nessa região será um importante vetor de desenvolvimento para os municípios. Até porque as estatísticas do IBGE mostram que a chegada de uma mineradora sempre se traduz em significativo crescimento do IDH, PIB e PIB per capita do município minerador e seu entorno, além de ser o setor com o maior rendimento médio mensal do estado”, argumenta.
Liderança em pesquisa
A modernização da infraestrutura realizada nos últimos cinco anos pela CBPM foi imprescindível para as descobertas recentes. Nesse período, a empresa pública adquiriu equipamentos e reforçou o seu potencial tecnológico, o que inclui uma frota com 23 novos veículos, softwares modernos, magnometrômetro, espectrômetro, drones e outros itens, os quais contribuem para o avanço da mineração na Bahia.
De acordo com dados da ANM (Agência Nacional de Mineração), a Bahia foi o estado que mais investiu em pesquisa mineral nos anos de 2019 a 2021. Ao todo, foram mais de R$ 1,16 bilhão de investimentos públicos e privados – fases de autorização de pesquisa e lavra. Já ao longo do período 2010-2021 os aportes superaram a marca de R$ 2,3 bilhões, o que contribuiu, significativamente, para o sucesso da mineração baiana.
Minérios potenciais da nova província:
- Ferro-titânio-vanádio;
- Níquel-cobre-cobalto;
- Fosfato;
- Ferro;
- Ouro;
- Metais base;
- Terras raras.
Fonte: CBPM
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