No CD Forró do Lago, Bell Marques cantou a belíssima Capim Guiné, que Wilson Aragão, o orgulho cultural de Piritiba, divide com Raul Seixas. É aquela que diz:
Plantei um sítio/ No sertão de Piritiba/ Dois pés de guataiba/ Caju, manga e cajá…
Mas a produção de Bell esqueceu um detalhe: creditar a participação de Wilson Aragão na autoria da música. Wilson não gostou, reclamou, a parte dos direitos patrimoniais recebeu, não se conformou. Achou que teve um direito ferido, o autoral, e entrou na Justiça por danos morais.
O juiz Joanísio de Mattos Dantas Júnior, da 5ª Vara Cível, condenou Washington Marques da Silva (irmão de Bell) e a Núcleo55 Produções Artísticas (empresa do grupo no tempo em que o Chiclete com Banana era um só) a pagarem R$ 15 mil de indenização, de uma pedida inicial de R$ 100 mil.
O advogado Rodrigo Moraes, de Wilson Aragão, diz que ainda vai recorrer por conta do que julgou ser uma falha da sentença: não obrigar Bell a colocar o crédito autoral nos CDs ainda a serem lançados.
Outro caso — Aliás, o advogado Rodrigo, que trabalhou na causa, tem outra causa contra Bell pelo uso de uma foto na capa de um CD, sem autorização do autor.
A produção de Bell parece estar carente de ajustes. Como deixa isso acontecer?
Da Coluna Tempo Presente/ A Tarde