25.8 C
Remanso, BR
26 de abril de 2024
Remanso News
  • Home
  • Brasil
  • STF determina até onde vai o direito à liberdade de expressão da imprensa
Brasil Destaque

STF determina até onde vai o direito à liberdade de expressão da imprensa

ministro-barroso-464x240

O Supremo Tribunal Federal (STF) analisará a aplicação do chamado “direito ao esquecimento”, que garante a uma pessoa impedir que um fato, ainda que verídico, seja exposto ao público. O recurso foi apresentado à Justiça por familiares de uma vítima de homicídio de grande repercussão ocorrido na década de 1950, em Copacabana, no Rio de Janeiro. A família alega que a dor do episódio voltou à tona após a exibição do caso em um programa de televisão em 2004.

No texto, os irmãos da vítima alegam que notificaram a empresa sobre a objeção à lembrança do episódio e alegam que “a transmissão foi conduzida de forma extremamente desrespeitosa, mostrando cenas chocantes sem qualquer interesse público”. A emissora, por sua vez, alega que as informações estão disponíveis em arquivos públicos e fazem parte da história brasileira. Segundo a empresa, a exibição tinha como objetivo “trazer à balha questões importantes como a violência contra a mulher, a impunidade e a responsabilidade penal de menores de idade”. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou o pedido da família.

Para o ministro do STF Luis Roberto Barroso, o direito à privacidade não pode limitar a imprensa. “A liberdade de expressão deve ser tratada como preferencial porque é pressuposto para um bom exercício de boa parte dos direitos fundamentais da democracia”, afirmou Barroso durante evento no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP). Ele lembrou o histórico de cerceamento das liberdades no país, especialmente durante a ditadura militar, em que os veículos de imprensa passavam por censura prévia. O ministro ponderou, contudo, que a liberdade de expressão não é um direito absoluto e que a questão deve ser julgada caso a caso.

Em relatório publicado em novembro no acórdão que definiu que o processo será julgado pelo Supremo, o ministro-relator Dias Toffoli escreveu que “esse julgamento terá o condão de detalhar e tornar um pouco mais nítida a proteção à dignidade humana frente aos órgãos de mídia e de imprensa”, uma vez que a decisão da Corte deverá ser acatada por outras instâncias judiciais. A legislação brasileira permite decisões favoráveis tanto à privacidade quanto ao direito à informação. Para Laura Schertel, especialista do IDP em direito à privacidade, a questão deve ser tratada com cuidado por envolver a colisão de direitos. “A difusão de informações é muito importante para a democracia e para a liberdade de expressão, mas por outro lado elas também trazem riscos à personalidade”, afirma.
Fonte: Correio Braziliense

Posts relacionados

Decreto suspende recadastramento de aposentados e pensionistas no mês de outubro

Redação Remanso News

Time do Juazerense vai fazer pré-temporada em Remanso/Ba

Redação Remanso News

Alunos De Educação Fisica Da Unopar De Remanso Realiza Tarde De Atividades Com Idosos Do Cras na Prainha

Redação Remanso News

Prefeito despacha da cadeia

Redação Remanso News

Prazo para matrícula no Sisu termina na próxima segunda-feira

Redação Remanso News

27 mil militares transportam respiradores para conserto em ação liderada pelo SENAI

Redação Remanso News

Deixe um comentário