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27 de abril de 2024
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Partidos têm “primo rico” e “primo pobre”

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Geddel Vieira Lima (PMDB), Rogério da Luz (PRTB) e Fábio Nogueira (PSOL)

O Demonstrativo da Prestação de Contas dos partidos políticos na Bahia, referente ao ano passado, mostra realidades completamente diferentes entre as siglas. Enquanto o PMDB recebeu do Fundo Partidário R$ 2.510.568,68 em 2015, nas contas de siglas pequenas, como o PRTB (que disputará a prefeitura de Salvador com o seu presidente Rogério Tadeu da Luz ), PHS e o PTC, não pingou um centavo.

Com as restrições introduzidas pela reforma eleitoral, que proibiu as doações de empresas privadas, o fundo passou a ser o maior financiador dos partidos. Ele é constituído por dotação orçamentária da União, além da arrecadação de multas aplicadas em partidos e candidatos.

Os recursos são rateados de forma proporcional ao tamanho das bancadas das siglas no Congresso Nacional.

Manutenção

Os diretórios baianos receberam um total de R$ 11,831 milhões do Fundo Partidário no ano passado.

Depois do PMDB, as siglas que mais receberam recursos do Fundo em 2015 na Bahia, segundo o Tribunal Regional Eleitoral, foram: PSB – R$ 1.832.746,97; PSDB – R$ 1.463.861,83; PT – R$ 1.447.384,00; PSD – R$ 1.080.000,00; DEM – R$ 905.000,00; e PP – R$ 635.000,00.

O diretório estadual peemedebista gastou a maior parte dos recursos com o item “Manutenção das Sedes e Serviços do Partido”, com R$ 570 mil, e R$ 113 mil de “Atividades Partidárias”. Gastou ainda R$ 57 mil com pesquisas, entre outras despesas. O PMDB fechou o ano com um superavit de R$ 1,42 milhão.

Já o PSB-BA, que enfrentou em 2014 campanha ao governo do estado (com a senadora Lídice da Mata) e à presidência da República com Eduardo Campos, morto tragicamente num desastre de avião, acumulou uma dívida de 1,3 milhão, usando os recursos do Fundo Partidário de 2015 para quitar o que ficou a pagar.

O relatório registra um superavit de R$ 134 mil na legenda socialista ano passado.

As despesas com “Manutenção das Sedes e Serviços do Partido” (R$ 372 mil) e “Pessoal” (R$ 270 mil) lideraram os gastos do PSDB-BA em 2015, cujo saldo em 31 de dezembro era de R$ 596 mil. No caso do PT, os maiores gastos foram R$ 337 mil com “Serviços Técnicos Profissionais” e R$ 270 mil com “Aluguéis e Condomínios”.

Doutrinária

O partido também gastou R$ 42 mil com doutrinação política e fechou o ano com cerca de R$ 40 mil em suas contas bancárias.

O PSD gastou mais com “Propaganda Doutrinária” que os petistas: R$ 407 mil, segundo o TRE. Foi o item que consumiu mais recursos da sigla, que registrou superavit de R$ 67,7 mil.

O DEM gastou mais com “Manutenção das Sedes do Partido”, R$ 330 mil, e registrou superavit de R$ 263 mil. Já o PP consumiu R$ 96,5 mil com “Despesas Advocatícias” e fechou o ano com
R$ 168 mil.

Partidos médios como o PRB-BA, ligado à Igreja Universal, embora tenham recebido uma parcela pequena do Fundo, R$ 60,6 mil, demonstram uma grande capacidade de captar pequenas contribuições.

O relatório lista 450 doadores que contribuíram com variadas importâncias, num total de R$ 87 mil.

Dificuldades enfrentou o PSol, que disputará a prefeitura da capital baiana este ano com o sociólogo Fábio Nogueira. Recebeu R$ 256.236,03. Gastou
R$ 169 mil com “Despesas com Fins Eleitorais”, R$ 59,6 mil com “Propaganda Doutrinária e Política” e R$ 114,9 mil em “Seminários e Convenções”, um total de R$ 343 mil, bem mais que os “recebíveis”.

O partido fechou o ano em déficit, e nas “notas explicativas” se pode medir as dificuldades da sigla.

Informa-se que o PSOL usava como sede uma residência com “moradores fixos” e por isso o aluguel e energia elétrica eram rateados entre a sigla e esses residentes.

Mas, com o fim do contrato, o partido deixou o local e passou a fazer suas reuniões “em locais públicos”, porque não teria conseguido “alugar um local adequado para suprir totalmente” às suas necessidades.

Zero

A situação só é pior para o PRTB, que não recebeu nada em 2015, mas o presidente do partido na Bahia, Rogério Tadeu da Luz vai disputar novamente uma eleição majoritária, a de prefeito de Salvador. Sua campanha será mais uma vez improvisada.

Os candidatos a vereadores vão colocar sua foto nos “santinhos” e um amigo fará as filmagens para o programa de TV. Como só tem dez segundos de tempo na televisão vai precisar de muita imaginação e criatividade para tentar passar sua mensagem.

Atarde

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