Informações integram relatório da Superintendência Regional do Trabalho construído pelo órgão em um período de quatro meses, que será encaminhado para o Ministério Público da Bahia.
Vários órgãos foram responsabilizados, direta ou indiretamente, pelo naufrágio da lancha Cavalo Marinho I, que ocorreu no dia 24 de agosto do ano passado e deixou 19 pessoas mortas. Divulgado nesta segunda-feira (19), o relatório da Superintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRT/BA), órgão do Ministério do Trabalho e Emprego, apontou que a empresa dona da embarcação, CL Transporte Marítimo, deixou de cumprir alguns pontos do contrato, enquanto órgãos que deveriam fazer a fiscalização não exerceram seu papel. De acordo com o jornal Correio, o documento trouxe 10 condições para o naufrágio. Ainda segundo o relatório, outras duas contribuíram para aumentar as dimensões da tragédia. O primeiro ponto revela que havia apenas uma saída para os passageiros que estavam no convés inferior, o que dificultou a fuga das vítimas. Já outro foi a falta de dragagem e desobstrução do canal marítimo de acesso ao atracadouro da praia de Mar Grande, que impossibilitaram a renovação da frota. Os outros pontos foram: alterações na lancha que afetaram a navegabilidade; não informar a autoridade marítima sobre as alterações; não investir em novas embarcações; falta de informações de condições meteorológica; utilização de lancha precária; dificuldade de avaliação das condições do tempo; navegação em condições adversas; limitação de acesso ao canal da praia.
Via: Bahianews.net.br