O senador Aloysio Nunes, que foi candidato a vice de Aécio, afirmou que não é “nem desejável” o processo
Os senadores da oposição criticaram a gestão da presidente durante a sessão plenária desta segunda-feira (23), mas descartaram a possibilidade de um processo de impeachment contra Dilma Rousseff. “Não vejo neste momento condições políticas para que a oposição se lance em uma campanha pelo impeachment. Isso não é nem desejável”, disse o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), que foi candidato a vice de Aécio Neves à presidência.
Ainda assim, o senador afirmou que participará das marchas convocadas para o dia 15 de março, que irão defender o processo de impeachment de Dilma, em manifesto de concordância com aqueles que pensam: “não aguentamos mais viver em um governo que não governa”, disse Aloysio.
O senador José Medeiros (PPS-MT), suplente que assumiu o lugar de Pedro Taques (PDT), eleito governador do Mato Grosso, também foi contrário à ideia de um impedimento. “Não vejo as digitais da Dilma”, afirmou.
Mas a reunião da bancada de oposição não economizou críticas. Rebateram as declarações de Dilma sobre a necessidade de investigação dos desvios da Petrobras desde a gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso, nos anos 90.
“Ela perdeu a chance de mostrar que é presidente da República. Ela fez um ataque infantil e inconsistente à oposição, em profundo desrespeito com o povo brasileiro. Não é assim que ela deve enfrentar a crise”, disse Aloysio, afirmando que essa é uma tentativa de “acuar a oposição”.
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), considerou que se a presidente quer culpar os governos tucanos, que ela deveria, então, “culpar Getúlio Vargas, que foi quem criou a Petrobras”.
Da reunião, também saiu um protocolo com pedido formal de informações do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com os advogados que recebeu dos réus dos processos da Lava Jato. O senador líder da sigla quer saber quais foram os advogados e assuntos tratados, datas e horários das audiências, e possíveis acompanhantes nos encontros.
Com informações da Folha de S. Paulo.
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